Regionais : Mulher escravizada por 47 anos foi agredida e queimada com água fervente pela patroa
Enviado por alexandre em 18/07/2024 23:23:53


Fátima Aparecida Ribeiro e Ângela Maria da Silva – Foto: Reprodução

Fátima Aparecida Ribeiro, de 54 anos, viveu 47 anos em situação análoga à escravidão em Belo Horizonte, após ser levada para a casa dos patrões na adolescência. A promessa era de estudo, mas ela se tornou empregada sem salário, sofrendo abusos e agressões. A mulher, após ser resgatada, chegou a contar que foi atacada pela patroa com água fervente, deixando marcas de queimadura em suas pernas.

Outra vítima, Ângela Maria da Silva, de 60 anos, foi resgatada de uma fazenda em Frutal após ser explorada por duas gerações de uma família. Ela relata que não tinha quarto, deitava no chão da sala e usava sabão para escovar os dentes. O procurador do Trabalho em Minas Gerais, Paulo Gonçalves Velozo, destaca que empregadores usam o pretexto de tratar trabalhadoras domésticas como membros da família para negar direitos básicos, enquanto as mantêm em condições precárias.

A denúncia de vizinhos levou ao resgate de Fátima, que descobriu que a família ainda recebia indevidamente um salário mínimo do INSS em seu nome. A Justiça determinou que ela receba os salários devidos e indenização pelos abusos. Os antigos patrões já morreram, e os advogados da família aguardam novo julgamento.

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