O mafioso Vincenzo Pasquino, extraditado do Brasil em fevereiro deste ano, delatou relações da ‘Ndrangheta, da Calábria, com o PCC (Primeiro Comando da Capital) e com o CV (Comando Vermelho), facções criminosas brasileiras. Em depoimento, ele afirmou que participou de “cúpulas” realizadas pelos grupos em diversas capitais do país.

O italiano prestou depoimento ao Tribunal de Locri, na Calábria, em 7 de maio e sua delação se tornou pública em julho deste ano. Ele ainda relatou que o PCC e o CV foram contatados pela máfia para transportar cocaína a partir de portos brasileiros.

Na oitiva, Pasquino disse que tinha “importações em curso” em 2020 e recebeu visitas de faccionados em Aracaju (SE), onde vivia na ocasião. Ele disse que negociou o envio de meia tonelada de cocaína para Gioia Tauro, na Itália, à época.

O criminoso foi preso em maio de 2021 em João Pessoa (PB) ao lado de Rocco Morabito, mafioso conhecido como “rei da cocaína”. Pasquino era considerado um dos 30 foragidos mais procurados pela polícia italiana e foi deportado no início deste ano após ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).