Uma advogada decidiu deixar a profissão após receber uma coroa de flores enviada por um cliente, líder do Primeiro Comando da Capital (PCC). O presente foi interpretado como uma ameaça de morte após a Justiça de São Paulo negar o pedido para remover o criminoso do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), o mais severo do sistema penitenciário paulista.
O episódio, relatado pelo colunista Josmar Jozino do UOL, ocorreu em 2002. Na época, o preso estava no Centro de Readaptação Penitenciária (CRP) de Presidente Bernardes. A advogada entrou com um habeas corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo para que ele voltasse a cumprir pena fora do RDD, mas o pedido foi negado. Após a negativa, o líder do PCC enviou a coroa de flores à casa da advogada, o que a levou a abandonar a carreira.
Após o episódio, o criminoso foi transferido outras sete vezes dentro do CRP de Presidente Bernardes e é considerado um dos “campeões de internação” no RDD. Eventualmente, ele foi transferido para um presídio federal, onde continua cumprindo um regime semelhante.