Um laudo recente do Instituto Médico Legal (IML) revelou detalhes chocantes sobre o assassinato do soldado Luca Romano Angerami, de 21 anos, da Polícia Militar de São Paulo. O documento, assinado pelo médico legista Johnny Leandro Conduta Borda Aldunate, concluiu que Angerami foi executado com 18 tiros após ter sido sequestrado, julgado e torturado pelo “tribunal do crime” do PCC em abril deste ano, no Guarujá.
O laudo do IML indica que Angerami recebeu 11 tiros na região torácica direita e outros sete na região cervical direita. Além disso, o documento revela que um cadarço foi amarrado ao redor do pescoço da vítima. Apesar de ter sido brutalmente torturado, o policial ainda estava vivo quando foi baleado. Um dos tiros causou uma lesão fatal no ventrículo esquerdo, resultando em sangramento e levando à morte do policial militar.
Os criminosos do PCC ocultaram o corpo, que foi encontrado em 20 de maio, após 37 dias de buscas na Baixada Santista. O cadáver foi descoberto em uma área de mata na Vila Baiana, enterrado apenas de cueca.
Oito indivíduos foram presos e denunciados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) pelos crimes de sequestro, roubo, homicídio, ocultação de cadáver, associação a organização criminosa e tráfico de drogas. O juiz Thomaz Corrêa Farqui, da 1ª Vara Criminal de Santos, aceitou a denúncia e confirmou que há provas suficientes da materialidade e indícios de autoria dos crimes. Todos os acusados se tornaram réus no processo.