Governador de Goiás considera não ser possível agir contra um ditador por vias democráticas
Ronaldo Caiado, governador de Goiás Foto: José Cruz/Agência Brasil
Nesta quinta-feira (8), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), criticou a posição do governo federal sobre a questão da Venezuela. Ele disse que tanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quanto o Partido dos Trabalhadores (PT), são cumplices de Nicolás Maduro.
Após o pleito em 28 de julho, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) informou que Maduro teria recebido 51% dos votos válidos, enquanto seu opositor, Edmundo González Urrutia, teria alcançado 44%. A divulgação levou alguns países e entidades internacionais a contestarem os resultados e cobrar as atas das urnas. Além disso, a população da Venezuela também se organizou em protestos contra os resultados e denunciou fraude no processo.
Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, Caiado chamou de “deprimente” a posição do governo de Lula de esperar a divulgação das atas eleitorais.
– Hoje, todo mundo tem consciência de que o governo e o PT são cúmplices, coniventes, parceiros e aliados de Maduro. (…) A postura de Maduro é a seguinte: “Eu tenho o apoio da China e da Rússia, dois grandes poderios nucleares. O que vocês acham é secundário.” E assim o Brasil fica nesse papel deprimente, porque não tem coragem de assumir – apontou.
Para o governador de Goiás, não é possível agir com Maduro por vias democráticas.
– Que poder é esse que faz o presidente sempre dizer amém à vontade de Maduro? O que está por trás disso? (…) Não tem como você, por vias democráticas, agir contra um ditador. Ele não tem limite, não tem parâmetro de respeito às regras democráticas. Você está tratando com uma medicação que não vai ter efeito algum. Ele é totalmente resistente a qualquer proposta democrática no país – destacou
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