Brasil : Acre e o Corredor de Fumaça: A ameaça das queimadas na Amazônia Legal
Enviado por alexandre em 25/08/2024 13:34:40

Especialistas destacam que a fumaça gerada por esses incêndios já está afetando dez estados brasileiros e deve persistir até o final do fim de semana

Em 2024, o Acre e outras regiões estão enfrentando uma grave crise ambiental devido ao que tem sido chamado de “corredor de fumaça”, resultado das queimadas que devastam a Amazônia Legal. Especialistas destacam que a fumaça gerada por esses incêndios já está afetando dez estados brasileiros e deve persistir até o final do fim de semana.

 

Desde o início do ano, a Amazônia Legal registrou mais de 64 mil focos de incêndio, marcando o maior índice desde 2008. Com agosto ainda em curso, é provável que esse número aumente, uma vez que as medições são feitas mensalmente. A fumaça resultante dessas queimadas está se espalhando por milhares de quilômetros, afetando não apenas a floresta, mas também diversas áreas urbanas.

 

Os pesquisadores observam que a fumaça não vem apenas da Amazônia, mas também se mistura com a proveniente do Pantanal e de incêndios em outras regiões, como o Parque Guajará-Mirim em Rondônia e até mesmo da Bolívia. Essa combinação resulta em um extenso corredor de fumaça que prejudica a qualidade do ar em diversos estados, incluindo Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Acre, Rondônia e partes de Minas Gerais e São Paulo.

 

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A situação deve se agravar com a chegada de uma frente fria que trará ventos frios ao país neste fim de semana. Um dos principais fatores para a formação desse corredor é a intensidade das queimadas. Em agosto deste ano, foram registrados mais de 22 mil focos de incêndio na Amazônia Legal — um aumento significativo em relação aos 12 mil focos do ano passado.

 

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Outro fator crucial é a seca prolongada, que não apenas facilita o início dos incêndios, mas também se intensifica devido às queimadas ilegais. Embora a estiagem ocorra geralmente entre agosto e outubro, este ano ela chegou mais cedo, em julho, influenciada pelo fenômeno El Niño. Essa condição climática resultou em um déficit hídrico significativo causado pela seca de 2023 e foi exacerbada pelo aquecimento das águas do Atlântico.

 

Acre está dentro de "corredor de fumaça" produzido por queimadas na Amazônia  Legal - ac24horas.com - Notícias do Acre

Fotos: Reprodução

 

De acordo com dados do Cemaden, mais de mil cidades no Brasil estão enfrentando situações de estiagem variando entre severa e moderada. Na região amazônica, mais de 60% dos municípios estão sob essa classificação alarmante. Esse cenário torna as áreas mais suscetíveis ao fogo e à propagação dos incêndios.

 


 

Com isso, o período crítico para as queimadas chegou antes do esperado este ano. A preocupação agora é saber se esse ciclo terminará rapidamente ou se enfrentaremos um prolongamento das queimadas nos próximos meses. 

 

Fonte: Na Hora da Notícia

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