A 24ª rodada do Campeonato Brasileiro coloca frente a frente Botafogo e Bahia pela quarta vez na atual temporada. E, se tem um adversário que não traz boas recordações em um ano muito bom para os cariocas, é justamente a equipe de Rogério Ceni.

Nos três confrontos anteriores, foram duas vitórias do Tricolor de Aço e um empate. A equipe baiana foi a primeira a vencer o Glorioso no Estádio Nilton Santos na atual edição do Brasileirão por 2 a 1, além de ser responsável pela eliminação da Copa do Brasil, com um empate em 1 a 1 no Rio e uma vitória por 1 a 0 em Salvador.

Seria então o Bahia uma pedra no sapato do líder do Campeonato Brasileiro e quadrifinalista da Conmebol Libertadores? Primeiramente, é preciso colocar em contexto cada uma das três partidas anteriores entre as equipes, o que explica em partes o resultado.

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- O primeiro jogo do Brasileirão, que teve aquela mexida do Arthur Jorge na reta final de colocar o Barboza como atacante, acho que acabou abrindo muito espaço na linha de defesa, o Bahia ganhou o jogo muito em cima disso, mas era um jogo parelho. A volta da Copa do Brasil teve a questão da expulsão do Gregore, que desequilibrou muito - lembrou o comentarista Rodrigo Coutinho.

Os números dos confrontos até aqui pintam um cenário de muito equilíbrio entre as equipes, mesmo levando em consideração a deturpação causada pelo jogo de volta da Copa do Brasil, em que o Botafogo teve um jogador a menos por todo o segundo tempo.

A equipe de Artur Jorge teve em média 12,6 finalizações, sendo quatro na direção do gol, por jogo entre as equipes, enquanto o Bahia acumulou 11,6 arremates, com 4,3 indo para a meta defendida pelo goleiro John.

- Para mim, a maior dificuldade do Botafogo contra o Bahia é conseguir diminuir o tempo de posse de bola. O Botafogo é uma equipe que trabalha a bola mais rapidamente, circula rápido, tem muitos jogadores de imposição física, de ataque a espaço. O Bahia é o oposto disso, é o time da bola no pé, da posse, das muitas trocas de passe até uma finalização, até a forma como o time foi construído vai nesse sentido - analisou Rodrigo Coutinho.

O quarteto de meio-campistas formado por Jean Lucas, Caio Alexandre, Cauly e Everton Ribeiro, três deles reforços contratados na atual temporada. É a grande força da equipe baiana e justamente o que dificulta e diminuir esse tempo que ela tem o controle da partida.

Essa característica, segundo o analista, permite ao time não só criar possibilidades como também se defender e impedir as ameaças do rival. A expectativa é de um duelo tático equilibrado, como foram as três primeiras partidas.

- Vai ser um time que vai tentar reduzir o ritmo do jogo para ficar com a bola no pé e se instalar no campo de ataque. O Botafogo vai ser uma oposição a isso, talvez uma estratégia de marcação mais alta, definir algumas zonas de marcação mais fortes em jogadores que são influentes nesse estilo, como o Caio Alexandre, como o Everton Ribeiro principalmente - projetou o comentarista.

Outro fator que pode ser determinante na partida é o desempenho físico das equipes. Enquanto o Glorioso vem de uma partida em altíssima intensidade na quarta-feira contra o Palmeiras pela Conmebol Libertadores, o Bahia teve a semana focada nos treinamentos e na preparação para a partida.

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Artur Jorge tem ao menos quatro desfalques certos: o lateral-direito Mateo Ponte, o zagueiro Alexander Barboza, o lateral-esquerdo Cuiabano e o atacante Savarino.

Fonte: GE