O empresário Esdras Jônatas dos Santos, alvo de investigação por seu envolvimento na... O empresário Esdras Jônatas dos Santos, alvo de investigação por seu envolvimento na organização e financiamento dos ataques de 8 de janeiro de 2023, encontra-se em Fort Lauderdale, Flórida, após fugir do Brasil com sua ex-esposa, Kathy Le Thin Thanh My dos Santos. De acordo com informações recentes, Esdras tenta vender um Porsche Cayenne, avaliado em R$ 400 mil, para sustentar-se no exterior. Ainda este ano, Esdras fez uma declaração alarmante sobre sua situação financeira, alegando que estava "comendo lixo" para sobreviver. O brasileiro e sua ex-esposa enfrentam uma série de restrições impostas pelas autoridades brasileiras, incluindo mandados de prisão em aberto, contas bancárias bloqueadas, passaportes cancelados e a proibição de usar redes sociais. Em uma contradição notável, Esdras utilizou seu perfil no Instagram, desrespeitando a proibição, para anunciar a tentativa de venda do Porsche. O veículo, registrado em nome de Kathy, foi confiscado pela Polícia Federal em abril e atualmente está sob custódia da corporação em Belo Horizonte. O empresário descreveu a apreensão do carro como uma “perseguição política”, comparando seu caso ao de outros indivíduos envolvidos em atividades ilícitas, como o traficante André do Rap. Esdras alegou ainda que não fala inglês e vive de favores nos EUA, além de relatar estar em situação de falência e dependendo de ajuda financeira através das redes sociais. De acordo com a Polícia Federal, essas alegações de “miserabilidade” seriam usadas para justificar pedidos de ajuda financeira. O empresário é suspeito de ter liderado e organizado um acampamento em frente ao 4º Comando do Exército em Belo Horizonte, um dos locais de apoio aos atos golpistas do 8 de janeiro. Junto com Kathy, Esdras é investigado por incitação ao crime, tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Além dos atuais problemas legais, Esdras também foi investigado em 2022 pela Polícia Civil por roubo, lesão corporal e dano patrimonial, embora ele negue as acusações. A investigação segue sob sigilo, e o empresário usava seu Porsche para convocar militantes para as manifestações de janeiro. Apesar das graves acusações, Esdras e Kathy não participaram diretamente dos ataques em Brasília no dia 8 de janeiro. No entanto, acompanhando a saída de um ônibus de Belo Horizonte com destino ao Distrito Federal, compraram passagens de ida para os Estados Unidos em 10 de janeiro. O caso de Esdras Jônatas dos Santos continua a chamar a atenção das autoridades e do público, enquanto ele enfrenta um complexo emaranhado de investigações e restrições legais, tanto no Brasil quanto no exterior. Fonte: Da redação
Trabalhadores explorados em Michigan O brasileiro está acostumado a ver notícias sobre trabalho semelhante a escravidão ou... O brasileiro está acostumado a ver notícias sobre trabalho semelhante a escravidão ou infantil, praticas que são descobertas ainda hoje em nosso país. Críamos que coisas desse tipo não aconteciam em países do primeiro mundo, mas não é o que os pesquisadores da Universidade de Michigan do Projeto dos Trabalhadores Agrícolas de Michigan descobriram e publicaram. A pesquisa "The Michigan Farmworker Project: A Community-Based Participatory Approach to Research on Precarious Employment and Labor Exploitation of Farmworkers" foi publicada na revista científica Labor Studies Journal e documenta uma série de condições de trabalho e de vida desumanizantes, estressantes, inseguras e não saudáveis dos trabalhadores emigrantes do estado de Michigan. A pesquisa explora especificamente os efeitos do emprego precário e da exploração do trabalho na saúde dos trabalhadores agrícolas. O objetivo dos pesquisadores é acabar com os abusos contra um grupo de trabalhadores e que lhes são negadas as proteções trabalhistas concedidas à maioria dos trabalhadores nos Estados Unidos. Existem várias falhas sistêmicas na proteção dos trabalhadores agrícolas em Michigan. Identificaram exploração do emprego e do trabalho, como falta de acesso aos direitos fundamentais do trabalho e sociais, incluindo a desumanização, práticas ocupacionais discriminatórias e acesso insuficiente à saúde e benefícios sociais. Outras condições e situações relatadas pelos trabalhadores agrícolas incluem um ambiente de trabalho hostil e abusivo, incluindo a negação ao acesso à água para beber ou usar o banheiro, ameaças de ser denunciado ao Escritório de Alfândega e Proteção de Fronteiras e falta de cuidados gerais para a saúde e segurança dos trabalhadores. Os pesquisadores apontam como solução melhorar a legislação e aplicação das leis existentes e ter mais fiscais, pois, por exemplo, a Administração de Segurança e Saúde Ocupacional dos EUA conta com 850 inspetores responsáveis pela saúde e segurança de 130 milhões de trabalhadores em mais de 8 milhões de locais de trabalho em todo o país. Isso significa que há cerca de um inspetor de conformidade para cada 70.000 trabalhadores. A pesquisa entrevistou 35 trabalhadores agrícolas em quatro condados de Michigan que trabalhavam em uma variedade de culturas e produção de alimentos: morangos, mirtilos, maçãs e espargos, entre outras frutas e vegetais. O estudo foi realizado enquanto os habitantes de Michigan desfrutam dos benefícios das culturas de outono que são possíveis graças a milhares de trabalhadores agrícolas cujo trabalho é essencial para a indústria agrícola do estado e que contribui com quase US$ 105 bilhões por ano para a economia, de acordo com o Departamento de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Michigan. Michigan é o segundo maior estado de produtos cultivados e produzidos, depois da Califórnia. Os pesquisadores colaboraram com as organizações que atuam na comunidade agrícola em Michigan, como o Escritório de Assuntos Migrantes e o Centro de Direitos dos Imigrantes de Michigan. Mario Eugenio Saturno (fb.com/Mario.Eugenio.Saturno) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano |