Neymar Jr. está mais uma vez no centro de uma polêmica, desta vez sobre seu futuro no Al Hilal, da Arábia Saudita. Desde a grave lesão no joelho sofrida em outubro de 2023, em uma partida da Seleção Brasileira contra o Uruguai, o atacante tem deixado seu clube em uma situação complicada. Enquanto se recupera, Neymar decidiu “viver sua vida”, o que tem sido interpretado por muitos como um desleixo com sua carreira e um desrespeito ao Al Hilal.

A recuperação do jogador, inicialmente esperada para terminar em setembro deste ano, parece se estender ainda mais. Fontes próximas ao atleta indicam que ele só deve voltar aos treinamentos em meados de outubro, sem uma previsão clara para o retorno aos gramados, que provavelmente será apenas em 2025.

Essa incerteza, somada ao fato de Neymar ter sido visto em festas e eventos sociais — como o infame cruzeiro de fim de ano, organizado com todo tipo de subcelebridade e figuras execráveis do país  —, levanta questionamentos sobre seu profissionalismo e comprometimento.

Não é segredo para ninguém que Neymar adora os holofotes. Ele ama uma festinha, subir no palco e cantar em shows de amigos famosos, sempre está em páginas de fofocas por conta de polêmicas envolvendo a sua vida pessoal e não profissional.

Durante o período em que esteve lesionado, ele traiu mais uma vez sua companheira, Bruna Biancardi, teve mais uma filha fora do relacionamento, abriu um negócio com a “artista” bolsonarista e influencer Virgínia e se envolveu em uma polêmica sobre a privatização de praias no país, em que o jogador conseguiu estar errado em uma discussão com a atriz Luana Piovani.

Com desempenho mediano na última Copa do Mundo, o jogador está carente de títulos e bons resultados e, contratado há um ano pelo Al Hilal, não jogou nem três meses pelo time da Arábia Saudita.

O clube, por sua vez, enfrenta um dilema. Com nove estrangeiros no elenco, mas apenas oito vagas permitidas para atletas acima de 23 anos nascidos fora do país, o Al Hilal precisa decidir quem será inscrito. O técnico Jorge Jesus já indicou que não deseja abrir mão de nenhum jogador em atividade para esperar por Neymar.

A contratação de João Cancelo, lateral-direito português que está no auge de sua carreira, vindo de boas passagens por Manchester City e Barcelona e um pedido direto de Jorge Jesus, complicou ainda mais a situação, deixando Neymar sem uma vaga no time.

A situação atual é um reflexo claro de uma falta de comprometimento que vem acompanhando o brasileiro ao longo da carreira. Embora seja indiscutível seu talento dentro de campo, sua conduta fora dele muitas vezes deixa a desejar. No Al Hilal, a diretoria e a torcida esperam que ele perceba a gravidade de sua postura e reavalie suas prioridades.

A possível ausência de Neymar até 2025 não é apenas um problema para o clube, mas também um triste reflexo de um atleta que poderia ter sido muito mais do que tem mostrado ser. E é isso que o jogador virou: uma subcelebridade que cada vez menos é falada por seu trabalho em campo, mas por sua vida fora dele.