Regionais : Mulher faz hemodiálise há 20 anos após picada de aranha na infância
Enviado por alexandre em 02/09/2024 15:41:05

Médicos consideram que uma picada de aranha para a qual não foi dada a devida importância pode ter causado a falência renal da aposentada

A ex-trabalhadora rural Salvalucia Moreira da Silva, de 56 anos, faz hemodiálise três vezes por semana há quase 20 anos. Às segundas, quartas e sextas, ela embarca em uma van que a leva de Itapirapuã, no interior de Goiás, à capital do estado, para fazer a filtragem de sangue. O problema de saúde que leva a aposentada a cumprir essa jornada começou ainda infância, por conta de uma aranha marrom.

 

Quando tinha oito anos, Salvalucia foi picada no pé. Os pais dela trataram a ferida, mas não imaginaram os riscos relacionados ao veneno do animal. As aranhas-marrom (gênero Loxosceles) carregaram uma toxina nas presas que é capaz de deteriorar os tecidos do corpo e até causar a morte.

 

Em acidentes assim, é preciso usar soros contra as toxinas dos aracnídeos. “O ideal é lavar o local com água e sabão e buscar o médico imediatamente”, explicou o cirurgião Trajano Sardenberg, em entrevista anterior ao Metrópoles. “A maior parte dos casos é leve e alguns podem ser tratados com analgésicos e antialérgicos, mas é sempre preciso que a avaliação seja feita por médico”, enfatizou.

 

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A menina sentiu apenas uma dor momentânea. “Eu mesma a matei. Ela já tinha me mordido e senti dor na hora, mas depois passou”, lembra Salvalucia. As consequências do encontro progrediram lentamente no corpo dela até que, aos 38 anos, e mulher foi diagnosticada com insuficiência renal.

 

“Acidentes com animais peçonhentos podem levar à insuficiência renal aguda. O fluxo de sangue para os rins pode ser reduzido devido às toxinas, causando a necrose no órgão. Em casos assim, o tratamento deve ser feito com o paciente internado e com terapias direcionadas para que os rins se recuperem dos efeitos provocados pelo veneno”, explica a nefrologista Viviane Elizabeth de Oliveira, da RenalClinica, de Goiânia, médica de Salvalucia.A menina sentiu apenas uma dor momentânea. “Eu mesma a matei. Ela já tinha me mordido e senti dor na hora, mas depois passou”, lembra Salvalucia. As consequências do encontro progrediram lentamente no corpo dela até que, aos 38 anos, e mulher foi diagnosticada com insuficiência renal.

 

Foto mostra Salvalucia mulher que teve insuficiencia renal por conta de picada de aranha na infancia

Foto: Reprodução

 

“Acidentes com animais peçonhentos podem levar à insuficiência renal aguda. O fluxo de sangue para os rins pode ser reduzido devido às toxinas, causando a necrose no órgão. Em casos assim, o tratamento deve ser feito com o paciente internado e com terapias direcionadas para que os rins se recuperem dos efeitos provocados pelo veneno”, explica a nefrologista Viviane Elizabeth de Oliveira, da RenalClinica, de Goiânia, médica de Salvalucia.Por volta de 2003, Salvalucia começou a ter picos de pressão alta. “Todas as vezes que eu ia ao posto de saúde fazer minhas consultas de rotina, acabava ficando internada por conta da minha pressão. As enfermeiras achavam que era crise de estresse, e ninguém controlava direito”, afirma ela.

 

A hipertensão arterial descontrolada é um dos fatores de risco para a insuficiência renal. A pressão alta descontrolada torna os vasos sanguíneos mais rígidos, comprometendo a irrigação dos rins, o que acelera seu envelhecimento.No dia 24 de agosto de 2005, Salvalucia fez a primeira hemodiálise e nunca mais parou.

 


 

Ela se aposentou por conta do problema. Tentou se mudar para Goiânia, para ficar mais próxima dos centros de atendimento que oferecem o serviço, mas não conseguiu se sustentar na capital. Com isso, três vezes por semana encara uma viagem de 220 km em cada trecho para receber atendimento médico. Há alguns anos, quando as estradas estavam em pior estado, fazer o trajeto chegava a tomar oito horas de seu dia. 

 

Fonte: Uol

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