A Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise), da Polícia Civil de Mogi das Cruzes, em São Paulo, descobriu mensagens de texto e áudio entre membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) com termos alternados e até referências infantis para despistar as investigações. Em uma das conversas, Fabiana Lopes Manzini, presa em 2022, refere-se a Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, como “Turma da Mônica”.
Fabiana, que é casada com Anderson Manzino, o Gordo, também envolvido no tráfico de drogas e preso desde 2002, seguia ativamente no mundo do crime. Dois celulares apreendidos durante sua prisão revelaram diálogos com lideranças da facção, mostrando que mesmo presos, os líderes continuam suas operações.
A investigação mostrou que Gordo, apesar de estar atrás das grades, é apontado como o braço direito de Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, um dos responsáveis pela expansão do PCC internacionalmente.
Segundo a Polícia Civil, a cúpula do PCC, liderada por Marcola, profissionalizou o tráfico de drogas e transformou a facção na maior organização criminosa do Brasil, com ramificações em mais de 20 países. Gordo, preso por roubo a banco, homicídio e sequestro, continuou a se comunicar por meio de cartas, e essas correspondências revelaram uma tentativa de reorganizar o grupo após um racha entre Marcola e outros membros fundadores da facção.