Pasta tem contrato no valor de R$ 211 milhões por 2 anos de locação de aeronaves
O Ministério da Saúde assinou em maio deste ano um contrato no valor de R$ 211 milhões com a empresa de Renildo Lima, o empresário de Roraima que foi preso pela Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira (9). Na ocasião, ele estava com R$ 500 mil em dinheiro vivo.
Marido da deputada federal Helena Lima (MDB-RR), o empresário é dono da Voare Táxi Aéreo, empresa que, de acordo com o Metrópoles, aumentou seu faturamento desde a posse da parlamentar, isto em 2023.
Foi desde o ano passado que a companhia passou a ter contratos com o governo federal, totalizando R$ 53,3 milhões, o segundo maior valor em 14 anos de atividade. Este ano, porém, a empresa conseguiu novos contratos e bateu seu recorde: R$ 211,5 milhões.
O contrato teria como objetivo locar aeronaves para prestar assistência aos povos indígenas Yanomami por dois anos.
SOBRE A PRISÃO Renildo Lima e outros cinco pessoas foram presas por um investigação por compra de votos e associação criminosa. Entre os envolvidos estão dois policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope).
Após receber informações do Disque-Denúncia, a polícia abordou dois veículos que circulavam em Boa Vista (RR). Durante a ação, foram encontrados R$ 500 mil, materiais de campanha e documentos que indicavam o destino do dinheiro apreendido. Policiais militares que estavam de folga faziam a segurança particular dos envolvidos e dos bens
Empresário preso com dinheiro na cueca já fez contrato milionário com Ministério da Saúde
O empresário Renildo Lima, preso pela Polícia Federal (PF) na segunda-feira (9) com R$ 500 mil em dinheiro vivo, parte do qual estava escondida na cueca, havia assinado um contrato de R$ 211 milhões com o Ministério da Saúde em maio. Lima é dono da Voare Táxi Aéreo e marido da deputada federal Helena Lima, do MDB de Roraima.
A operação da PF resultou na prisão de Lima e mais cinco pessoas, incluindo dois policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope). O grupo está sendo investigado por suspeitas de compra de votos e associação criminosa.
O contrato da Voare com o Ministério da Saúde, válido por dois anos e com possibilidade de extensão por mais dez, prevê o transporte aéreo de equipes médicas e pacientes da Terra Indígena Yanomami, em Roraima, conforme informações do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles.
Na época, o Ministério da Saúde afirmou que a empresa estava em conformidade com os requisitos legais para participar da licitação, com o processo sendo supervisionado pela Advocacia-Geral da União e pela Controladoria-Geral da União.
Já a Voare justificou a escolha com a oferta do menor preço entre cinco concorrentes e ressaltou que seu valor por hora de voo estava abaixo do padrão de outros órgãos federais.
A empresa
A Voare, empresa de Renildo e de sua filha Eduarda Lima, teve um crescimento notável desde que Helena Lima assumiu seu cargo como deputada federal no ano passado.
Em 2023, a empresa assinou contratos com o governo federal totalizando R$ 53,3 milhões, o segundo maior valor em 14 anos. Em 2024, a Voare atingiu um recorde com um contrato de R$ 211,5 milhões com o Ministério da Saúde.
Vale destacar ainda que Helena Lima, conhecida como “Helena da Asatur” durante sua campanha eleitoral, usou o nome de uma divisão da Voare. Ela fundou a empresa e trabalhou nela de 2001 até sua eleição em 2022.