O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE) negou a soltura da influenciadora e advogada Deolane Bezerra após sua nova prisão preventiva. O desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, da 4ª Câmara Criminal, negou o novo pedido de habeas corpus de sua defesa nesta quarta (11) após audiência de custódia.

O magistrado afirmou que Deolane descumpriu a medida cautelar de não fazer declarações a veículos de imprensa ou usar redes sociais após deixar a cadeia na última terça (10) e ir para a prisão domiciliar. Ele ainda apontou uma falta de cuidado da influenciadora com a filha.

“Se a paciente foi autorizada a deixar o cárcere, foi exclusivamente pensando no bem da sua filha, de tenra idade. A autoridade policial noticiou que a paciente, mal pisou fora do estabelecimento prisional, cuidou de se manifestar sobre o processo perante a imprensa e postou mensagem que remete subliminarmente ao processo em rede social, afrontando as medidas cautelares que lhe foram impostas”, diz a decisão.

A defesa de influencer afirmou que ela apenas informou a todos que não poderia se manifestar, mas o juiz rebateu a alegação e apontou que ela disse ser “vítima de abuso de autoridade”, acusou agentes públicos de “conduta criminosa” e publicou uma foto no Instagram “transmitindo a ideia de que está sendo censurada ilegalmente”.

Defesa de Deolane diz que fãs e jornalistas são culpados por sua volta à prisão

A defesa de Deolane Bezerra protocolou um novo pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) na tarde desta quarta-feira (11). A medida foi tomada após o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE) decidir manter a prisão preventiva da influenciadora, que retornou à detenção por ter descumprido uma das medidas cautelares impostas, proibindo-a de se pronunciar publicamente.

De acordo com informações obtidas pelo Notícias da TV, o último habeas corpus foi assinado pelos advogados Josimary Rocha de Vilhena, Rogério Nunes e Luiz Ricardo Rodrigues Imparato. Na defesa, os advogados alegaram que tanto jornalistas quanto os fãs da famosa contribuíram para seu desequilíbrio emocional ao sair da Colônia Penal Feminina Bom Pastor, em Recife.

Segundo o documento apresentado ao STJ, os advogados afirmaram que, ao deixar o estabelecimento prisional, Deolane tentou seguir as regras: “Ao sair do estabelecimento prisional, a paciente imediatamente informou à multidão que não poderia manifestar-se; contudo, o assédio a seu redor foi excessivo, fato que acabou por desestabilizá-la e então, ela de fato, falou –sem direcionar a fala a qualquer pessoa– que se sentia injustiçada”.