Regionais : Ajuda na fuga? Polícia suspeita de vazamento em ação para prender Gusttavo Lima
Enviado por alexandre em 25/09/2024 14:41:51


Gusttavo Lima com camiseta da Vai De Bet, empresa central na Operação Integration. Foto: reprodução

A Polícia Civil de Pernambuco, que investiga um possível vazamento da Operação Integration e tinha como alvo o cantor Gusttavo Lima em um suposto esquema de lavagem de dinheiro relacionado a apostas esportivas, suspeita que o bolsonarista soube do seu mandado de prisão após um vazamento.

O Tribunal de Justiça do estado havia emitido o pedido contra o músico na segunda-feira (23), mas a ordem não foi cumprida porque o sertanejo estava em Miami, nos Estados Unidos, para onde viajou na horas antes.

As autoridades acreditam que Gusttavo deixou o Brasil para evitar ser preso. Ele ainda está em uma mansão avaliada em R$ 65 milhões em Hollywood Beach com sua esposa e filhos. A prisão preventiva de Lima foi revogada na terça-feira (24), mas a suspeita de que ele tenha sido alertado sobre a operação antes de sua deflagração levantou questionamentos dentro da Polícia Civil.

O cantor bolsonarista Gusttavo Lima, investigado em esquema de lavagem de dinheiro relacionado a apostas esportivas. Foto: Reprodução/Redes Sociais

Outro investigado, Darwin Henrique da Silva, também não foi encontrado pela polícia. Pai do CEO da empresa Esportes da Sorte, Darwin Henrique da Silva Filho, que estava preso até a última terça-feira, ele fugiu de sua casa horas antes da operação. A investigação também resultou na prisão da influenciadora Deolane Bezerra, que foi solta no mesmo dia.

A juíza Andrea Calado da Cruz, responsável pelo caso, destacou que Gusttavo Lima teria ocultado o recebimento de R$ 22 milhões referentes à venda de um avião particular. O valor foi pago pela empresa J.M.J. Participações LTDA, pertencente ao investigado José André da Rocha, dono da plataforma de apostas Vai de Bet, da qual Lima possui 25% de participação.

Além desse montante, o cantor também é acusado de esconder o recebimento de R$ 9,7 milhões da HSF Entretenimento Promoção de Eventos, dinheiro que, segundo as autoridades, é oriundo de jogos ilegais.

A investigação aponta que a empresa de Gusttavo Lima, Balada Eventos e Produções, foi usada para lavar o dinheiro obtido de maneira ilícita. Em maio de 2023, a Balada Eventos recebeu R$ 4.947.400,00 da HSF, enquanto em abril do mesmo ano, foram transferidos R$ 4.819.200,00.

O caso ganhou destaque pela magnitude das cifras envolvidas e pela participação de nomes de peso da música e das redes sociais. A suspeita de que Gusttavo Lima tenha usado sua influência e recursos para evitar a prisão, bem como as ligações do cantor com o ramo de apostas, aumentaram a repercussão do caso.

Advogado que pediu habeas corpus para Gusttavo Lima reclama de “ciumeira” pela defesa; entenda

O cantor bolsonarista Gusttavo Lima durante show. Foto: Reprodução

O advogado Nelson Wilians, conhecido por atuar em casos de grande repercussão midiática, está em uma guerra com a defesa do bolsonarista Gusttavo Lima, alvo de uma operação contra lavagem de dinheiro da casa de apostas Vai de Bet. Ele é acusado pela equipe “oficial” do cantor de atuar sem seu aval.

O defensor afirma que não está atuando por Gusttavo Lima simplesmente por “querer representá-lo”, mas porque foi procurado na semana passada pelo empresário Boris Padilha, que foi indiciado junto do artista. Ele reclama de uma “ciumeira” dos advogados do cantor.

“Tive o aval dele, não fiz de orelhada. O que acho que bateu mesmo aí na verdade foi uma ciumeira, só o Gusttavo quando voltar ao Brasil pode dirimir essa dúvida”, afirmou em entrevista à revista Veja. Ele foi responsável por pedir a extensão de um habeas corpus a investigados na Operação Integration ao artista e a Boris Padilha.

O advogado Nelson Wilians, conhecido por atuar em casos de grande repercussão midiática, como a prisão de Gusttavo Lima e a divisão de bens de Gugu Liberato. Foto: Reprodução

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE) determinou a prisão de Gusttavo Lima na última segunda (23) e a decisão foi revogada nesta terça (24). Wilians afirma que não vai mais atuar na defesa do bolsonarista e que seus próprios advogados vão conduzir o caso a partir de agora.

“Só tocaria a defesa caso o Gusttavo quisesse que eu tocasse, mas essa decisão cabe a ele”, prosseguiu. Questionado se o cantor confia mais em seu trabalho do que na atuação de sua defesa “oficial”, ele preferiu não responder e voltou a dizer que “rolou uma ciumeira”.

Além do caso de Gusttavo Lima, o advogado também atua em outros casos de grande repercussão midiática, como a briga entre herdeiros de Gugu Liberato. Ele representa Marina e Sofia, filhas do apresentador, no processo para reconhecer a divisão de bens.

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