O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que o Brasil não pretende romper relações com a Venezuela e disse que o diálogo entre os dois países segue “normal” apesar da ofensiva do regime Nicolás Maduro contra o governo Lula. A declaração aconteceu nesta quarta-feira (13/11), na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.
Questionado sobre o recente aumento da tensão envolvendo os dois países, o chanceler brasileiro afirmou que a comunicação diplomática entre as duas nações segue “fluente, normal e constante”.
No fim de outubro, o regime Maduro convocou o embaixador do país em Brasília, Manuel Vadell, para consultas em Caracas após o Brasil vetar a Venezuela nos Brics.
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Apesar do ato, visto na diplomacia internacional como uma séria retaliação de um país a outro, o ministro das Relações Exteriores disse que “não há nenhuma indicação de que o embaixador venezuelano tenha partido definitivamente”.
Vieira voltou a afirmar que, apesar dos problemas na relação entre os dois países, o Brasil segue buscando o contato diplomático com o regime chavista.
“Isso não significa, de forma alguma, que o Brasil deva romper relações com a Venezuela”, declarou o chanceler brasileiro.
As rusgas diplomáticas entre Brasil e Venezuela, que começaram após a contestada eleição presidencial no país liderado por Maduro, voltaram a aumentar no fim do último mês após a cúpula dos Brics, na Rússia.
Durante a reunião, a entrada dos venezuelanos no bloco foi vetada pelo Brasil, um dos membros plenos do grupo.
A atitude não foi vista com bons olhos pelo regime Maduro, que aumentou as críticas contra o governo Lula e chegou a comparar o presidente brasileiro com seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL).
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Além disso, a Polícia Nacional Bolivariana também entrou na crise entre os dois países e chegou a ameaçar Lula por meio de uma publicação nas redes sociais.
Fonte: Metrópoles