Regionais : Policial federal preso repassou detalhes da segurança de Lula
Enviado por alexandre em 19/11/2024 15:49:50

Investigação da PF resultou na prisão de quatro militares e de um policial federal por envolvimento em trama golpista

O policial federal Wladimir Matos Soares, preso nesta terça-feira (19/11), teria contribuído com a trama golpista — que envolvia o assassinato de Luiz Inácio Lula da SIlva (PT) — repassando informações sobre a segurança do então presidente eleito.

 

A investigação indicou que o agente atuou como “elemento auxiliar do núcleo vinculado à tentativa de golpe de Estado”.

 

“Assessor especial do gabinete pessoal do Presidente da República revelaram que o mencionado policial federal se inseriu no contexto de atuação da criminosa ao fornecer informações relativas à segurança do candidato eleito Luís Inácio Lula da Silva”, destacou a corporação.

 

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Wladimir, como aponta relatório da PF, encaminhou mensagens para Sérgio Rocha Cordeiro, “pessoa com vínculo imediato com pessoas relevantes em torno dos fatos apurados” e assessor da Presidência da República durante o governo de Jair Bolsonaro. Entre os detalhes repassados estaria a presença de policiais de força tática na equipe de segurança.

 

O policial federal ainda teria se colocado à disposição para atuar no golpe de Estado. “Eu e minha equipe estamos com todo equipamento pronto p ir ajudar a defender o Palácio e o presidente. Basta a canetada sair !”, disse a Sérgio (sic).

 

“Desta forma, o investigado, aproveitando-se das atribuições inerentes o seu cargo no período entre a diplomação e posse do governo eleito, repassou informações relacionadas a estrutura de segurança do presidente Lula para pessoas próximas ao então presidente Jair Bolsonaro, aderindo de forma direta ao intento golpista”, informou a PF.

 

O plano “Punhal Verde e Amarelo”, interceptado pelos investigadores, tinha no planejamento a morte do então presidente leito Luiz Inácio Lula da Silva por envenenamento ou uso de químicos para causar um colapso orgânico.

 

 

A Operação Contragolpe, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (19/11), foi autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. A ação visa desarticular organização criminosa que teria planejado golpe de Estado em 2022 para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e atacar o STF.

 

Fonte: Metrópoles


Policial preso por tramar morte de Lula atuava na segurança do presidente


Agentes da Polícia Federal fazem guarda no Palácio do Planalto. Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

O policial federal Wladimir Matos Soares foi preso nesta terça-feira (19) sob suspeita de fornecer informações sobre a segurança do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a transição de governo. De acordo com a Polícia Federal, Wladimir repassou dados sensíveis para aliados do então presidente Jair Bolsonaro (PL) e se colocou à disposição para apoiar um golpe de Estado.

Wladimir, que integrava a equipe responsável pela segurança de Lula na transição, usava sua posição para compartilhar informações confidenciais com pessoas ligadas ao ex-presidente. Em mensagens ao capitão da reserva Sérgio Rocha Cordeiro, assessor especial do governo Bolsonaro, o policial afirmou que aguardava a “canetada” do então presidente para “defender o Palácio e o Presidente”.

Cordeiro, por sua vez, é investigado por planejar ações golpistas e por envolvimento no caso da fraude nos cartões de vacina de Bolsonaro. Em um dos episódios documentados pela PF, Wladimir enviou imagens e áudios de um militar que fazia parte da segurança de Lula, levantando questionamentos sobre sua ligação com o petista.

As mensagens trocadas entre Wladimir e Cordeiro ocorreram em um momento de tensão crescente em Brasília. Após a diplomação de Lula, em dezembro de 2022, bolsonaristas tentaram invadir a sede da Polícia Federal para libertar o cacique Serere Xavante, preso por atos antidemocráticos. O episódio resultou em vandalismo, com ônibus incendiados e aumento do caos na capital.

Rafael Martins de Oliveira, Hélio Ferreira Lima, Rodrigo Bezerra de Azevedo e Mario Fernandes, os “kids pretos” presos pela Polícia Federal. Foto: Reprodução

Em meio a esses eventos, Wladimir relatou em áudio que a segurança de Lula havia sido reforçada, com equipes do Comando de Operações Táticas (COT) alocadas em hotéis próximos ao presidente eleito. Mesmo assim, o policial expressava apoio ao golpe e esperava que o plano fosse concretizado: “Tamo nessa torcida. Essa porra tem que virar logo. Não dá pra continuar desse jeito”.

Além de Wladimir, os militares “kids pretos” Rafael Martins de Oliveira, Hélio Ferreira Lima, Rodrigo Bezerra de Azevedo e Mário Fernandes também foram presos nesta terça-feira.

O grupo que tinha a intenção de tomar o poder para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no cargo, também planejaram matar, por envenenamento, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu vice, Geral Alckmin, e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a PF, Wladimir atuou em “unidade de desígnios” com o grupo conspirador, fornecendo informações que poderiam subsidiar ações futuras, caso o golpe fosse decretado.

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