Por Rondoniadinamica
Porto Velho, RO – O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) utilizou suas redes sociais nesta terça-feira (19) para criticar as investigações da Polícia Federal sobre o plano de militares e um agente da corporação que teria como objetivo assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração foi feita por meio de um vídeo publicado no Instagram e um texto que reforça sua posição.
No post, o deputado escreveu:
"Essa coisa que algumas pessoas e a imprensa estão dizendo que estão tentando matar Lula, Alckmin e Moraes… A única verdade que o Brasil sabe é que Adélio Bispo tentou matar Jair Bolsonaro e muitas instituições fazem vista grossa. Isso é real. A esquerda faz de conta que nada aconteceu!"
Em vídeo, Chrisóstomo reforçou o discurso, afirmando que as denúncias são infundadas:
"Olha, essa coisa de dizer que não sei quem está tentando matar e não sei o que e tal, gente, é um monte de conversa furada. A única coisa que o Brasil sabe, e é verdadeiro, foi o Adélio Bispo, que tentou matar o presidente Bolsonaro. Isso é real. Isso é verdadeiro."
Ele também fez críticas à postura de partidos de esquerda e ao presidente Lula, a quem chamou de "mentiroso":
"Essa esquerda faz de conta que nada aconteceu, porque é um bando de irresponsável. Está lá o presidente Bolsonaro com a marca na barriga, porque essa esquerda é covarde, é mentirosa. Há exemplo desse senhor que anda mentindo, que tirou 24 milhões de famílias da pobreza. Só um maluco acredita nisso. Vai mentir assim lá não sei onde. Pelo amor de Deus, perdoai esse mentiroso."
Militares usavam condinome para conversar sobre plano de capturar Moraes / Reprodução
Plano descoberto pela Polícia Federal
As declarações do parlamentar contrariam diretamente os elementos apresentados pela Polícia Federal, que deflagrou a operação "Punhal Verde e Amarelo". O inquérito revelou um plano que envolvia quatro militares do Exército e um agente da PF. Segundo a PF, o grupo teria discutido ações para assassinar Lula, Alckmin e Moraes com o uso de armas de fogo ou envenenamento. Os detalhes foram encontrados em documentos impressos no Palácio do Planalto e em mensagens trocadas entre os envolvidos.
De acordo com o relatório da investigação, o plano golpista previa também a formação de um "gabinete de crise" com a participação de generais que integraram o governo Bolsonaro. Documentos apreendidos indicaram que o grupo chegou a se posicionar em locais estratégicos de Brasília para capturar Alexandre de Moraes, mas a ação foi abortada.
O relatório aponta ainda que o arsenal descrito pelos suspeitos incluía armas de guerra como lança-granadas, lança-foguetes e metralhadoras de alta capacidade destrutiva.
Chrisóstomo não comentou as provas apresentadas pela PF e focou em reiterar sua tese de que apenas a tentativa de homicídio contra o ex-presidente Jair Bolsonaro seria "real e comprovada". O caso segue em investigação, e os suspeitos presos estão sendo interrogados pela Polícia Federal.