O deputado Gilvan da Federal (PL-ES) xingou o presidente Lula de “filho da puta” e “ladrão” nos corredores do Congresso Nacional. “Passaram quatro anos chamando o presidente Bolsonaro de genocida”, queixou-se ao lado de puxa-sacos. “Querem cercear agora a gente falar de um cara que foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro [e chamar] de honesto? Aqui a gente vive uma ditadura”.
Em outubro, Gilvan foi denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) pelos crimes de calúnia e difamação contra Lula. A denúncia foi encaminhada ao STF.
Durante ato do Movimento Pró-Armas, em julho, ele chamou o presidente de “ladrão”, “corrupto” e “ex-presidiário”. Também atacou Flávio Dino, à época ministro da Justiça e atualmente ministro do Supremo.
“Muito embora o denunciado tenha proferido as ofensas na condição de parlamentar, as referências por ele feitas à vítima, se já não fossem estranhas e descontextualizadas do embate político-partidário em que foram utilizadas, extrapolaram, pela forma abusiva, a imunidade de palavras de que se encontrava investido, por força do cargo”, aponta a PGR no parecer.
Policial federal licenciado, Gilvan tem o estranho hábito de carregar uma bandeira do Brasil nos ombros que ele não tira para lavar. Testemunhas se queixam do mau cheiro exalado no parlamento.