Justiça : CASO AUGUSTO
Enviado por alexandre em 25/04/2012 12:15:41



Matadores de Policial Civil e portadora de deficiência natural são condenados há 18 anos em Ouro Preto

O Tribunal do Júri popular de Ouro Preto do Oeste condenou há 18 anos de prisão inicialmente em regime fechado os réus Sirlene Louzada Amorim e Ademir Germano Amaral. Ambos juntamente com Edeildo Xavier da Costa (que ainda não foi a Júri popular provavelmente no segundo semestre do corrente ano) são acusados de matarem com os requintes de crueldade o policial civil Augusto César Rodrigues e a portadora de deficiência especial Dalva Maria Batista, crimes estes ocorridos no dia 20 de fevereiro do ano passado (2011) e chocou toda população de Ouro Preto do Oeste.

O julgamento dos acusados foi cercado de grande expectativa o que obrigou o juiz titular da Vara Criminal da Comarca de Ouro Preto do Oeste Dr. Huruo Mizusaki a montar um esquema de segurança no prédio da Câmara municipal local onde foi realizado o Júri popular. A segurança ficou a cargo do coronel – PM Garret assessor militar do Ministério Público de Rondônia e contou com PM’s do GOE do 2º BPM de Ji-Paraná e 3ª Cia de Policiamento Ostensivo com sede em Ouro Preto do Oeste.

A promotora de Justiça Laíla de Oliveira Cunha, esteve à frente da acusação e a representante do Ministério Público sustentou a tese de crime torpe que é aquele que contém requintes de crueldade, geralmente são aqueles que causam comoção geral pela violência da morte ou agressão. Já os advogados Thiago Freire (representado Sirlene Louzada) e Antonio Francelino dos Santos e José Tassio (representando Ademir Germano) sustentaram a tese que seus clientes foram obrigados a participar da trama diabólica sob ameaças por parte de Edeildo Xavier.

Durante o seu depoimento (que durou quase 03 horas) Sirlelene Louzada disse que foi obrigada a confessar a sua participação nos crimes em razão de ter sofrido torturas dos policiais civis na DP local. Bem instruída pela sua defesa a réu a todo instante caiu em choro o que provocou um comentário da promotora de Justiça Laíla Oliveira. “Senhores tudo isso é uma falsa e são lagrimas de crocodilo é sempre assim todo acusado jura inocência e diz que confessou o delito sob tortura da Polícia”, disse a Promotora que mostrou material jornalístico no qual aparece a réu chorando copiosamente na beira do caixão do policial civil Augusto César.

Ás 6 horas da manhã o juiz de Direito Huruo Mizusaki leu a sentença condenatória de 18 anos para ambos em regime fechado. Os advogados dos réus vão recorrer da sentença já o Ministério Público ainda não se pronunciou. A reportagem apurou junto aos operadores de Direito que a pena foi uma vitoria dos acusados já que os crimes imputados eram de panas superiores há 25 anos de prisão.

Os crimes

A comerciante Sirlene Louzada que era esposa da vitima, sempre negou ser a autora intelectual do duplo homicídio, chegando ao ponto de no dia do velório do seu esposo ter sucessivos ataques, como álibi de tirar sua pessoa do foco de qualquer acusação pelos crimes ora praticados. Mas com um trabalho rápido e eficiente os delegados de Polícia Civil Cristiano Martins Mattos e Marcos Vinicius Filho a trama diabólica foi desmascarada em menos de 48 horas. A trama havia sido arquitetada 20 dias antes do crime pela comerciante Sirlene Louzada juntamente com seu amante Edeildo. Ela teria embriagado o seu esposo o policial civil Augusto. Aproveitando desta situação Edeildo em companhia de Ademir Germano Amaral, 31, vulgo “Lixa’ desferiram vários golpes com um pedaço de madeira no crânio do policial civil e neste momento a doméstica Dalva que estava dormindo em um quarto da residência acordou com o barulho e foi morta como queima de arquivo.

Em seguida o corpo do policial civil Augusto foi colocado na carroceria do veiculo Ford Currier e o corpo da domestica Dalva foi colocado no porta malas do carro da comerciante e trio seguiu rumo a RO 470 (conhecida como linha 200) e em frente ao lixão colocaram os corpos de Augusto e Dalva na cabine da caminhonete e atearam fogo para simular um acidente de trânsito. O elemento Edeildo que foi preso na cidade de Cuiabá - MT seis meses após praticar os crimes detalhou na época para imprensa que Sirlene preparou todo o terreno para executar o plano diabólico, embriagou o policial Augusto que foi executado a pauladas.

A doméstica Dalva foi morta segundo Edeildo como queima de arquivo, já que tinha presenciado o assassinato de Augusto. A gasolina usada para atear fogo nos dois corpos foi comprada por Sirlene confessou Edeildo que acrescentou em momento algum a mesma demonstrou arrependimento pelos crimes praticados, chegando ao ponto de dar boas gargalhadas ao ver o carro em chamas com os dois corpos dentro. Segundo o elemento Sirlene aceitou pagar R$ 5 mil para o elemento Ademir Germano vulgo “Lixa”, participar do crime.

Autor: Alexandre Araujo/ouropretoonline.com

Fotos: Willian David/plantaocentral.com.br



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