Produtores mal assistidos por empresas lácteas de outros municípios buscam ajuda em empresa local


No último dia 31 de maio deste ano, o gerente comercial da Empresa de Laticínios Kinutri, Júlio César foi procurado por nosso departamento de jornalismo e em uma bombástica e reveladora entrevista, ele descreveu com detalhes o que empresas do mesmo ramo e de outros municípios, estariam praticando em Espigão do Oeste. À época Júlio César disse à nossa equipe que estava muito preocupado com a adesão de pequenos produtores de leite em Espigão aos preços “extremamente vantajosos” dessas empresas. Segundo declarações dele na época as empresas de fora do município estariam de certa foram “ludibriando” alguns produtores oferecendo preços que estariam e ainda estão fora dos praticados no mercado em todo o país.

O gerente também falou da assistência prestada pelas empresas aos produtores, na época Júlio César foi enfático em dizer que o serviço jamais poderia ser comparado ao prestado pela empresa local. “O maior problema desses produtores será quando forem acometidos de alguns problemas corriqueiros como, tanques danificados, falta de energia elétrica e a busca por atendimento nessas empresas que ficam distante até mais de 200 km de sua propriedade. Infelizmente eles não encontrarão e, segundo relatos de produtores que forneciam leite para algumas dessas empresas, eles foram seduzidos pela proposta e, pensando que lucrariam, tiveram prejuízos, ficaram sem receber o que haviam combinado com o representante da empresa, tiveram muitos problemas com o não recolhimento do leite no tempo hábil e nunca conseguiram conversar com os responsáveis, principalmente quem passou em sua propriedade oferecendo o preço alto”, disse.

Na época um número de produtores que migraram para empresas com até 200 km de distância, aproximou-se de 30%. Nessa semana muitos desses produtores que haviam sido seduzidos, procuraram a Empresa de Laticínios Kinutri que emprega mais de 100 funcionários diretos e gera indiretamente cerca de 500 empregos e, negociaram o fornecimento do leite produzido em sua propriedade para a empresa local. A reclamação foi a mesma:; falta de assistência, não conseguir contatar os responsáveis pelas empresas, falta de compromisso com o produtor, difícil acesso aos diretores dessas “empresas” e ainda, prejuízos constantes com a falta de caminhões dessas empresas para coletar o leite, que lotava os resfriadores e acabava por azedar no tanque.
O gerente nesta tarde de sexta-feira (30), nos disse que esta pronto para eventuais negociações com os produtores e que, a empresa como sempre, esta a disposição daqueles que somam com o Kinutri e alavancam a economia de Espigão do Oeste.

Preços praticados pelas empresas que abandonaram boa parte dos produtores de Espigão do Oeste:

As empresas da região central de Rondonia, Zona da Mata e ainda próximas ao município estariam pagando R$ 0,65 centavos, já outras empresas da região tinham propostas de pagar até R$ 0,80 centavos por litro de leite, o que fez com que muitos produtores se esquecessem da facilidade da assistência ao produtor rural a qualquer dia e hora, e também a negociação direta com os responsáveis.
Segundo Júlio César, o preço praticado naquela época por essas empresas era de 0,82 centavos de real bruto. Com os descontos: Frete – 0,04 centavos de real e 2,3% do desconto do Funrural, o preço livre pelo produto é de 0,76 centavos litro de leite.

Mas como já havia alertado o gerente, as empresas pagaram bem, mas assistiram duplamente mal o fornecedor, que nas palavras de Júlio, é peça fundamental no equilíbrio e manutenção de qualquer empresa.

Fonte: Dpto Jornalismo Sociedade Espigão