Mais Notícias : Troca de comando
Enviado por alexandre em 22/04/2010 22:30:35



O comando do Judiciário brasileiro terá uma mudança radical de perfil. Com a sucessão na Presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), saem os polêmicos Gilmar Mendes e Carlos Ayres Britto, e entram Cezar Peluso e Ricardo Lewandowski, reconhecidamente mais discretos e de menor atuação política. Em ambos os casos, a mudança refletirá diretamente na forma como o Judiciário tem se relacionado com os outros poderes da República. Mendes, considerado por muitos uma pedra no sapato do presidente Lula, travou embate com a Polícia Federal - a qual acusou de agir "espetacularmente" - e com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) - que, segundo ele, pratica atos ilegais. Também ficou marcado por seu desentendimento com o juiz federal Fausto De Sanctis ao mandar soltar por duas vezes, em menos de 48 horas, o banqueiro Daniel Dantas, preso na ocasião da Operação Satiagraha, deflagrada em 2008 pela PF, e pelo bate-boca com o ministro Joaquim Barbosa, quando ouviu do colega de Supremo críticas de que estava "destruindo a imagem do Judiciário brasileiro". Ministros ouvidos pela Folha de S. Paulo nos últimos dias avaliam que a presidência de Peluso será "radicalmente" diferente. Avesso ao contato com a imprensa, Peluso trocará os microfones pelos autos. Assim como Mendes, Ayres Britto, que deixa o TSE para se tornar vice-presidente do STF, não se furtou de defender temas que lhe são caros. Apesar de adotar um tom mais moderado que seu colega na Corte, ele tentou, por exemplo, inviabilizar a candidatura de políticos com a "ficha suja" e por um fim nas chamadas doações ocultas.

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