Regionais : Eleição em Rondônia já sinaliza dois turnos
Enviado por alexandre em 11/09/2010 22:05:14



Faltando apenas três semanas para as eleições de 3 de outubro, quando quase 1,2 milhão de eleitores rondonienses vão comparecer às urnas, assiste-se pela primeira vez, desde que o Estado elegeu seu primeiro governador pelo voto direto, em 1986, três candidatos embolados na disputa. Uma disputa tão renhida, que sinaliza claramente um pleito em dois turnos no Estado, ao contrário de 2006, quando houve turno único.




O atual governador João Cahulla (PPS), o ex-prefeito de Ariquemes, Confúcio Moura (PMDB), e o senador cassado Expedito Júnior (PSDB), travam uma luta palmo a palmo pela conquista das duas vagas ao segundo turno, de Guajará Mirim, na fronteira com a Bolívia, a Vilhena, no extremo Sul rondoniense.




Se de um lado o governador João Cahulla surpreende até sua base aliada, entrando em curva ascendente nesta reta final, o candidato oposicionista Confúcio Moura mantém uma posição consolidada nos principais colégios eleitorais do Interior do Estado, onde mantém a dianteira, e também cresce na Capital. Já o tucano Expedito Junior, vem caindo na pontuação de intenções de votos desde o indeferimento de sua candidatura pelo TRE-RO, e padece com a dúvida do eleitorado, pois fica cada dia mais evidente que o TSE e o STF podem manter a linha de indeferir a candidatura de fichas sujas, como aconteceu com Eduardo Roriz, candidato ao governo do Distrito Federal (DF), com base na Lei Complementar 135/2010, conhecida como lei da Ficha Limpa, barrando sua postulação. Dessa forma, a disputa ficará mesmo entre Confúcio e Cahulla.




Cinco candidatos




Rondônia conta com cinco candidatos na peleja numa concorrida eleição ao Palácio Presidente Vargas, a sede do governo estadual. O quadro é completado com o petista Eduardo Valverde e com o representante do PSOL, Marcos Sussuarana. Ambos têm domicílio eleitoral na Capital e o segundo sequer é conhecido no pujante interior rondoniense onde se concentram mais de 800 mil eleitores.




Em virtude do prestígio do presidente Lula em Rondônia e do alto índice de aceitação popular da presidenciável Dilma Roussef, esperava-se bem mais da performance do candidato do PT, o deputado federal Eduardo Valverde, que já cresce bem na Capital, mas continua patinando no Interior. Como o partido tradicionalmente oscila entre 25 a 30 por cento de votos nas eleições estaduais, os adeptos de sua candidatura têm esperança de que o petista ainda tenha chances de almejar uma vaga no segundo turno.




As cartas de cada um




Na disputa por vagas ao segundo turno, quem tem as melhores cartas é o peemedebista Confúcio Moura. Lidera com larga vantagem nas regiões do Vale do Jamari e Bacia Leiteira, consegue pontuar bem na Capital e conta com o apoio do senador Acir Gurgacz (PDT) e do prefeito de Ji-Paraná, José Bianco (DEM), na região Central, para conquistar uma grande vitória no segundo maior colégio eleitoral do Estado. Não bastasse todo seu arco de alianças, com o PDT, PCdoB, DEM e PRTB, sua candidatura é projetada pelo partido que tem o maior número de prefeitos e vereadores no Estado, um senador e dois deputados federais.




Confúcio Moura ainda pode ser o candidato mais beneficiado com a saída de Expedito Junior do pleito, visto que com a ruptura de Expedito com o grupo de Cassol e Cahulla criou uma resistência muito grande entre os eleitores dos dois candidatos. A tendência é que os eleitores de Expedito despejem seus votos em Confúcio, Valverde ou Sussuarana.


Já o governador João Cahulla, que começou a campanha na rabeira, tem crescido nas últimas semanas. Seu grande trunfo é o apoio do ex-governador Ivo Cassol, que após ter sua candidatura barrada no TRE-RO conquistou recurso no TSE e segue firme na campanha.




Já Expedito Júnior, que começou a campanha em alta e ameaçava destronar a liderança do ex-governador Ivo Cassol no Estado, sofre todos os prejuízos decorrentes da sua candidatura indeferida, entrando, com isso, em queda livre por causa das dúvidas sobre a manutenção ou não da sua postulação. Como conseqüência, já sofre debandada de aliados para seus principais concorrentes e na arrecadação de recursos de campanha e apoio político.




Habituado a reviravoltas de última hora nas eleições estaduais, o eleitorado de Rondônia tem visto os favoritos despencarem na reta final. Assim foi com Chiquilito Erse (em 1994), Valdir Raupp (em 1998) e José Bianco (em 2002), que sofreram viradas históricas, assim como também tem ocorrido surpresas nas eleições ao Senado com as vitórias de Ernandes Amorim (94), Amir Lando (98) e Fátima Cleide (em 2002). O cenário ainda está indefinido, mas tudo caminha para um segundo turno quente.























Fonte:Diàrio da Amazônia

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