Regionais : Curva de rio: Rondônia recebe 41 perigosos elementos de Alagoas
Enviado por alexandre em 08/10/2010 02:00:00



Acusados de tráfico de drogas, sequestro e assaltos estão entre os 41 presos que foram transferidos para a penitenciária federal de segurança máxima de Porto Velho, em Rondônia. Eles são apontados pela cúpula de segurança pública do estado como presos que continuavam comandando o crime organizado de dentro dos presídios de Alagoas.


Uma grande operação foi montada nas primeiras horas da manhã de hoje, envolvendo o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Radiopatrulha e a aeronave da Polícia Militar de Alagoas.


Apesar da assessoria da PM divulgar que a aeronave Hércules, da Força Aérea Brasileira (FAB), teria decolado para Porto Velho às 9h, os 41 presos apenas embarcaram por volta das 11h30 no Aeroporto Zumbi dos Palmares. Segundo a assessoria da Intendência Penitenciária, 42 agentes federais fazem a escolta dos presos até a penitenciária em Rondônia.


No aeroporto, dezenas de parentes de presos procuravam informações sobre a transferência. Do total de transferidos, 37 cumpriam pena no Baldomero Cavalcanti, três no Cyridião Durval e um na Casa de Detenção de Maceió. Os detentos deverão passar um ano, podendo ser prorrogado por mais um ano, na unidade de segurança máxima.


Na relação dos transferidos está o ex-soldado da PM Bruno Salustiano. Ele é acusado de participação em crimes de tráfico de drogas e homicídios – entre as vítimas estaria um ex-colega de farda.


Outro bastante conhecido é o traficante Amauri Barbosa Ferreira, o Ari, um dos maiores traficantes de Maceió. E Adriano dos Santos Oliveira, o Caetano, que já tem passagem pelo presídio federal e teria retornado a Alagoas após cumprir um ano em Catanduvas.


As alegações para os pedidos de transferência são de que os presos seriam líderes nos presídios sendo responsáveis por fugas, rebeliões e ainda de continuar comandando o crime organizado de dentro dos presídios.



Transferidos

Amauri Barbosa Ferreira (Ari) - Preso em 2006, ele era considerado, na época, o maior traficante de maconha de Alagoas.


Adriano dos Santos Oliveira (Caetano) - Caetano já havia sido transferido para presídio de Catanduvas em agosto de 2008. É apontado pela polícia de Alagoas como um criminoso articulado, com poderio ofensivo e econômico. Ele responde por crimes de assalto.


Antonio Nunes Rocha (Nêgo) – Acusado de sequestro. Entre as vítimas, o empresário Ricardo Coutinho.


Bruno Salustiano – Ex-soldado da PM, ele é acusado de envolvimento em crimes de tráfico de drogas e homicídio. Entre as vítimas estariam ex-colegas de farda.


Carlos Antônio Minim - Envolvido com tráfico internacional de drogas na fronteira Brasil/Paraguai. Segundo a PF, a quadrilha que ele atuava tinha conexão nos estados de São Paulo e Paraná.


Carlos Franklin dos Santos Lopes – acusado de tráfico de drogas.


Carlos Fernando Leitão Lins Júnior (Júnior Oião) – Ele é tido pela polícia como um dos maiores traficantes de crack no Estado de Alagoas. Ele distribuiria o crack nas regiões do Bom Parto, Vergel do Lago e Tabuleiro do Martins.


Ed Luiz da Silva (Ed) -


Ednaldo Cícero da Silva (Nem) – Acusado de integrar um forte esquema que coordena roubo de cargas, assaltos e outros delitos na cidade de Maceió e Arapiraca.


Edtelmo Nunes (Telmo) – Acusado de tráfico e apontado com envolvimento na morte do italiano Nicolas Pignataro. O traficante foi quem teria conduziu o italiano e o vendedor de DVDs conhecido como Pixote até o local do crime, ocorrido em maio de 2008, e que ganhou repercussão internacional.


Elias Vaz de Almeida - Acusado de assalto a banco, entre os crime estaria o roubo de um caixa eletrônico da CEF, instalado na Prefeitura de Santa Luzia do Norte.


Fábio dos Santos (Anum) – Acusado de integrar uma quadrilha envolvida em assaltos, tráfico de drogas e mortes.


Flávio Elias dos Santos (Palhaço) – Acusados em crimes de homicídio. Entre as vítimas o detento José Militão de Souza Filho, morto por enforcamento em uma das celas do Baldomero Cavalcanti.


Givaldo Gomes Vital – Acusado de integrar quadrilha de que agia realizando roubo de cargas no interior do estado.


Ivanildo Barros Fereira (Barrinha) – Acusado de comandar o tráfico no Frei Damião. Ele é apontado ainda como autor de homicídios na região do Benedito Bentes motivado pela disputa do ponto de drogas na região.


Jadiel Santos da Silva e Vitor Mendes Silva de Oliveira - Envolvidos no plano de tentativa de resgate de sete reeducandos do Sistema Prisional em janeiro de 2009.


Jassvan Williames Lima da Silva – Policial militar de São Paulo, ele é acusado de ter assassinado com sete tiros de pistola o jovem Johnivan Ferreira dos Santos, 22, crime ocorrido no dia 1º de junho de 2008, no bairro do Tabuleiro do Martins.


José Carlos de Souza (Alemão) – Acusado de sequestro. Entre as vítimas, a mãe de um empresário de Arapiraca. Foi preso junto com o filho José Elton Barbosa de Souza.


José Cicero Moraes Costa Cavalcante (Cicinho) - Acusado de integrar a quadrilha chefiada por Agilberto Júnior dos Santos, o Júnior Tenório, que foi condenada pelo assalto ao veículo da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), no Povoado de Poção, em Arapiraca, que rendeu mais de R$ 50 mil ao grupo. Durante a ação, os bandidos executaram um policial militar e outro ficou ferido.


José Edvaldo da Silva Luna (Cabeça) - Integrante da quadrilha que realizou o maior furto a caixas eletrônicos em Alagoas. O grupo levou R$ 1,2 milhão de duas agências do Unibanco (Centro e Farol).


José Luciano de Carvalho (Boi) –


José Marcio Silva do Nascimento (Marcio VP, Gilson Neguinho) – Acusado no assalto e latrocínio na Caixa Econômica Federal, agência da Rua do Sol, que vitimou o policial Anderson Lima e o vigilante Aldersandro Ferreira Silva. Ele era empresário de uma casa de shows e foi apontado no inquérito policial como um dos mentores do crime e responsável pela organização da quadrilha, que teria praticado outros assaltos a banco e utilizava a casa de shows para lavagem de dinheiro.


José Marques Lisboa (sem foto) – Acusado de tráfico de drogas. Foi preso pela PF no trevo da Barra de São Miguel com 15,6kg de crack escondidos num veículo. As investigações apontam que a droga viria de São Paulo.


José Roberto da Silva Rocha (Bolão)- acusado de tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.


José Rony Brayt Francisco de Andrade, Leandro da Cunha Nascimento (Baiano) e Marcelo Marques da Silva – acusados de participação no sequestro do presidente da Almagis, o juiz Paulo Zacarias.


Marcio Ferreira da Costa (Belo) e Vanderson Duarte da Silva (Índio) - Acusados de participação no resgate do preso Givanildo Rosa de Souza do Presídio Baldomero Cavalcanti, acusado de assaltos em Alagoas.


Marcio Ferreira da Silva (Marcio Rolinha) - um dos mais temidos traficantes da região do Vergel do Lago. Acusado também de homicídios.


Marcos José Muniz, Moisés Tavares da Silva (Índio) – Acusados de praticar assaltos a empresários do estado. Ligado a Givanildo Rosa.


Michael Moraes dos Santos –


Osmar Valter de Souza (Ma) – Acusado de ser o responsável pela ramificação de uma quadrilha de tráfico de drogas em Alagoas, no qual era encarregado de receber a droga trazida de Foz do Iguaçu.


Reuben Costa Japiassu Silva Júnior – Acusado de assalto a banco. Entre os crimes, o assalto a agência do HU, que teria sido comandado de dentro do presídio. Reuben teria tramado toda a ação criminosa, que envolvia integrantes de Pernambuco e da Bahia, a partir de ligações telefônicas de dentro do Presídio Baldomero Cavalcanti.


Ricardo Jorge Barbosa da Silva (Matuto) - Acusado no assalto que rendeu R$ 200 mil da agência Ponta Verde da Caixa Econômica Federal (CEF), localizada na galeria Espaço 20, na Ponta Verde. Em 4 de junho de 2008.


Romugles dos Santos Lopes (Raminho) – acusado de tráfico de drogas.


Ubirajara da Silva (Nenem) –


Wagner Fernandes Pereira (Vaguinho) – acusado de participação no assalto à agência do Banco Real da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).


Wesley Santos Barreto de Novais –

Presídio Federal


A penitenciária de Porto Velho foi a terceira unidade federal de segurança máxima inaugurada pelo Ministério da Justiça – em 2009. A penitenciária tem capacidade para 400 presos.


Os presídios federais são iniciativas do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), do Ministério da Justiça, para auxiliar os Estados no combate ao crime organizado e a isolar criminosos de alta periculosidade, que comprometem a segurança dos presídios, que possam ser vítimas de atentados ou que estejam em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). A ideia é evitar que os presos continuem atuando dentro dos presídios e cooptando outros detentos.


Fonte Flávia Duarte e alagoas24horas.com

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