Em uma assembléia ocorrida na manhã de hoje (13/10), na sede do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB/RO), e numa decisão por maioria de votos dos presentes, a greve dos trabalhadores bancários, após 15 dias, chega ao fim no Estado. O ato é fruto de orientação do Comando Nacional dos Bancários, para que cada base sindical decidisse, com os trabalhadores, se aceitavam ou não a proposta apresentada.

A partir de amanhã (14/10) todas as agências deverão estar abertas para o atendimento ao público, em todos os municípios.

Dezenas de trabalhadores se reuniram desde cedo na frente da agência da Caixa da avenida Carlos Gomes e, em seguida, seguiram para uma passeata até a sede do sindicato.

Alguns trabalhadores se mostraram insatisfeitos com o que foi oferecido pela FENABAN e votaram pela continuidade da greve. No entanto, a maioria entendeu que a proposta apresentava ganhos reais e que era chegado o momento do fim do impasse.

A própria Contraf/CUT – que representa dos trabalhadores bancários – orientou os sindicatos à aprovação das propostas e o fim da greve, pois acredita que nestes pontos estavam conquistas importantes nesta que é considerada a maior e mais forte greve dos últimos 20 anos em todo o país.

PROPOSTAS A proposta aceita pelos bancários em Rondônia traz valorização do piso da categoria, com ganho de 16,33%, aumento real de 3,21% (acima da inflação) e maior distribuição dos lucros, com 2% distribuídos de forma linear. Ficou acordado que a partir deste ano os bancos vão implantar políticas para combater o assédio moral, com cláusulas entre as instituições bancárias e os sindicatos que visam acabar com este mal que sofrem os trabalhadores.

Os maiores bancos públicos – BB e Caixa - foram os responsáveis pelo reinício das negociações. Desde a última sexta-feira os bancos sinalizavam para novas propostas e somente na noite de segunda-feira a pauta foi apresentada ao Comando Nacional dos Bancários.

O BB oferece, entre outras coisas, reajuste salarial de 7,5% para todas as verbas salariais, incluindo comissões e VR (valores de referencia), piso salarial elevado para R$ 1.600,00, o que representa aumento real de 8,71%, além de implantar Carreira de Mérito como parte de um Plano de Carreiras e Remuneração (PCR) com efeitos retroativos ao ano de 2006.

Já a Caixa oferece reajuste de 7,5% em todas as verbas salariais sem o teto da proposta da Fenaban, elevação do piso de ingresso para R$ 1.600 indo para R$ 1.637 após 90 dias e um acréscimo linear de R$ 39,00 em todas as referências do PCS de 2008. O banco se compromete ainda a seguir a proposta de PLR acordada na mesa unificada e pagar ainda uma PLR Social, equivalente a 4% do lucro líquido, distribuídos de forma linear para todos os empregados.