Mesmo com suspensão, Semusa ultrapassa meta de vacinação antirrábica

Ascom/SEMUSA

Mesmo com a suspensão da vacina contra a raiva animal, o Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SEMUSA) encerrou a Campanha de Vacinação Antirrábica em Cães e Gatos 2010 em Ji-Paraná com um total acima de 80% dos animais domésticos vacinados. O Ministério da Saúde suspendeu a vacinação no dia 7 deste mês em todo País por causa do registro de eventos adversos graves nos animais vacinados.
De acordo com relatório de resultados da campanha, foram vacinados em Ji-Paraná 19.871 cães, entre macho e fêmea, e 4.171 gatos, entre macho e fêmea, totalizando 24.042 animais vacinados contra a raiva, o que corresponde a mais de 80% dos animais domésticos do município.
Gilvan Agostinho dos Santos, diretor do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), afirmou que quando tomou ciência da determinação do Ministério da Saúde suspendendo a vacinação, todos os animais doméstico da zona rural do município já haviam sido vacinados, restando a população de animais domésticos de apenas três bairros da cidade para a conclusão dos trabalhos.
“Apenas os animais de três bairros não foram vacinados. Estamos aguardando determinação do Ministério para retomar a vacinação com as vacinas que temos ou se nos será enviado novo lote de vacinas para a conclusão da campanha”, explicou o diretor.
Quanto ao registro de casos de eventos adversos graves de animais por conseqüência da vacina, Gilvan disse que foram sim registrados alguns casos, assim como aconteceu no resto do País, mas nada fora do controle.
“Quem nos procurou no dia da vacinação reclamando que o animal apresentava reações à vacina nós orientamos. O problema é que, mesmo 25 dias depois da vacinação, tem gente dizendo que o animal está doente por causa da vacina. Isso não é possível pois as reações da vacina limitam-se a 72 horas depois de ministrada. O que pode estar acontecendo é que o animal está apresentando sintomas de outra doença qualquer e não reação à vacina”, concluiu o diretor do CCZ.

Troca de vacina
Em seu site oficial, o Ministério da Saúde explica que as vacinas foram suspensas por causa do registro de eventos adversos graves, como a anafilaxia (reação sistêmica à vacina) e a morte. Segundo o órgão federal, não há registros anteriores de tais reações.
Até o ano passado, a vacina utilizada na campanha antirrábica era a Fuenzalida & Palacios, que assegurava proteção durante seis a sete meses. Nas áreas de maior risco (regiões Norte e Nordeste), eram realizadas duas campanhas anuais.
Este ano, o Governo Federal comprou 30,9 milhões de doses da vacina RAI-PET, que assegura proteção durante um ano, o que levaria à realização de apenas uma campanha anual.