Regionais : DEBATE OU DEBOCHE?
Enviado por alexandre em 29/10/2010 22:00:00



Nem sei por que a globo promoveu um evento de tamanha natureza, envolvendo alguém sem estirpe (como disse um magistrado) quando já se sabia que ali não se produziria nenhum entendimento, nem mesmo chegaríamos a conclusão alguma. As agressões desproporcionais ao evento, na verdade, foi algo que atingiu a sociedade rondoniense, todos sentiram desrespeitados pelo concorrente Cahuula (?) que se posicionou de maneira patética, arrogante e desestabilizado emocionalmente.

Todos nós sabíamos que Cahulla sentir-se-ia num “ringue”, onde não discutiria política e se alguém propusesse falar sério sobre propostas de desenvolvimento, seria trucidado pelo súbito de sua ignorância.

Confúcio Moura com sua notória eloqüência e equilíbrio tentou normalizar o tom e o verbo, mas a carga de ofensas desenfreada assumiu o espaço do debate político e, onde deveria haver levantes teóricos, técnicos e propositivos na verdade houve uma espúria diminutiva que nos levou ao repugno.

Sobre o comportamento do Confúcio não precisamos falar, escritor sim, compositor sim, intelectual sim. Com sensibilidade e capacidade suficiente para visualizar as diferenças, compreender e perdoar os ataques. Já o inculto como não possui conhecimento ou capacidade para compreender algo, colocou a frente de sua personalidade a arrogância e tentou vencer pelo destempero verbal, o ridículo estampou-se ante as câmeras televisivas.

Erros de concordância? - Isso não é levado em consideração (coitado, ele não tem culpas), o que importa é entupir os ouvidos dos telespectadores com as maculas desenfreadas. Este foi o teor do debate!

Naquela noite, pensei ouvir algo sobre propostas de desenvolvimento para os setores produtivos, empresarial; sobre o sistema previdenciário dos servidores estaduais (o IPERON ainda uma incógnita); sobre as políticas ambientais e aproveitamento das potencialidades socioeconômicas. Pensei, mas como Confúcio discutiria isso com um desesperado. Confúcio possuiu a cautela, o equilíbrio verbal e emocional, mas não tem costumes com adestramento de animais xucros, principalmente os que estão sob ameaças.

Todos nós perdemos tempo. Poderia ter assistido “a praça é nossa”, mas de qualquer forma valeu, foi um momento de pura tensão onde se atingiu o ápice da truculência e desarticulação do nosso complicado português. Cahulla mostrou-se um emérito seguidor de seu (co) mandante, arrogante e sinuoso.

Até minha filha de 7 anos, assentada ante a TV zangou-se com a patética postura e sorriu muito com os erros de concordância emitido pelo algoz de nossas paciências. “Olha lá papai, ele fala tudo errado...” – É minha filha, este é nosso governador, e ainda pretende continuar.

Confúcio não é dez, é quinze.

Até a vitória. E segunda-feira quero amanhecer numa ressaca danada....

Por Ciro Andrade


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