Regionais : Talvez amar alguém seja o único ponto de
Enviado por alexandre em 01/11/2010 20:36:38



Da reportagem do TUDORONDONIA – Desconforto. Essa era a sensação transmitida pelo governador eleitor Confúcio Moura (PMDB) em sua primeira entrevista coletiva. Com pouco mais de 40 minutos de atraso, Confúcio Moura chegou na sede campestre do Pool de Empresas na BR 364 em Porto Velho, cercado por assessores e correligionários. Após ser recepcionado, teve início a entrevista. No primeiro questionamento, sobre a equipe de transição, o governador eleito afirmou que “ainda não está montada” e que “espera que o atual governo permita que a transição seja feita de forma cordial” e que não se repita o que aconteceu quando assumiu a prefeitura de Ariquemes, “onde eu não sabia nem onde sentar”, e emendou, ”mas a equipe será extremamente técnica, para que possamos ter uma real noção das contas públicas e da forma como o Estado está sendo conduzido”.
O desconforto ficou evidente na pergunta seguinte, sobre a indicação do novo secretariado, ”nenhum dos nomes que foram veiculados pela imprensa durante a campanha será indicado para compor meu governo. Por enquanto os únicos cargos confirmados são o de governador e vice”, destacou Confúcio. Encostado em uma árvore, Moisés de Oliveira, irmão de Carlão de Oliveira, ambos presos pela Polícia Federal na Operação Dominó, observava. Também por lá estavam o “carrasco” dos demitidos no governo Bianco, José Batista, o ex-deputado estadual da região de Ouro Preto, Amarildo Almeida, que também responde a inquérito na Polícia Federal, os ex-deputados estaduais Edson Gazoni e Silvernani Santos. Todos riram sem-graça quando Confúcio Moura afirmou que “em meu governo para ser secretário tem que ter princípios éticos, tem que ter ficha-limpa”.
Servidores
Confúcio Moura declarou que a partir de janeiro pretende revisar todos os planos de cargos e carreiras que estão em andamento e dar encaminhamento aos que estão paralisados. Também afirmou que espera contar com o apoio da bancada federal para que a transposição seja logo efetivada para que possa melhorar os salários. Sobre os cargos comissionados do atual governo, cerca de 13 mil, ele declarou que “espera receber o Estado sem essas pessoas ocupando cargos que são de confiança”. Para Confúcio, “eles foram contratados para servirem de cabos eleitorais e não para servirem o Estado”, e finalizou, “eu não vou demitir ninguém. Espero que o novo governador faça isso para que eu possa assumir sem ter essa preocupação”.
Confúcio Moura negou que tenha negociado cargos ou qualquer outro tipo de benefício em troca do apoio de Expedito Júnior, Mauro Nazif ou de qualquer outro. Ele afirmou que “não se pode escolher eleitor nem quem vai apoiar o candidato durante a eleição, mas não negociei absolutamente nada com ninguém”. Ele também afirmou que não pretende fazer nenhuma auditoria nas contas públicas, mas vai rever os contratos em andamento para ver se eles não “atendem apenas os apadrinhados”. Declarou que em seu governo, todos poderão participar de licitações e contratos, bastando para isso que preencham os requisitos exigidos.
Sobre a eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, o governador eleito afirmou que seu grupo conta com 13 a 15 deputados, mas não definiu nenhum nome. Para ele, os próprios parlamentares precisam chegar a um consenso e afirmou que não vai admitir as negociatas do passado, quando deputados compravam votos para se eleger, “o resultado disso é que todos respondem a ações na justiça atualmente”. Novo desconforto. Ao lado de Confúcio estava sentado Silvernani Santos, ex-deputado que foi presidente da Casa e responde a ações.
Sobre o orçamento, que deverá ser votado em dezembro, Confúcio declarou que pretende alterar o que for possível para atender os interesses do novo governo.

Página de impressão amigável Enviar esta história par aum amigo Criar um arquvo PDF do artigo
Publicidade Notícia