Regionais : DJ Maluco é denunciado por abuso de poder econômico nas eleições deste ano
Enviado por alexandre em 19/11/2010 12:09:12



Procuradoria Regional Eleitoral pede inelegibilidade por oito anos devido à distribuição gratuita de CDs e DVDs do cantor no interior e na capital de Rondônia.

A Procuradoria Regional Eleitoral em Rondônia (PRE/RO) apresentou uma representação ao TRE/RO para abertura de ação de investigação judicial eleitoral contra Edivaldo Ferreira de Oliveira, cantor conhecido como DJ Maluco e candidato não eleito ao cargo de deputado federal pelo Partido Progressista (PP). Segundo a PRE/RO, DJ Maluco distribuiu gratuitamente seus CDs com a intenção de conseguir votos, o que se configurou em abuso de poder econômico.

Os materiais distribuídos foram: “DJ Maluco & Aladin: A nova dupla sertaneja do Brasil - Orgulho de ser de Rondônia” e “DJ Maluco & Aladin: Reveillon 2010 - Ao vivo em Porto Velho/RO. Participação Especial: Ivo Cassol, na música 'Faz um milagre em mim'”.

Mais de 800 CDs do cantor, que seriam dados à população, foram apreendidos na Rádio Educativa Liberdade FM, em Rolim de Moura. O material tinha a intenção de promover o nome do candidato como “filho de Rondônia, que ama a terra e defende o Estado”. No CD, DJ Maluco faz saudação ao “amigo” Ivo Cassol, com claro intuito de ter seu nome ligado ao então governador.

Em Porto Velho, mais de trezentos CDs e DVDs foram colocados nas caixas de correio ou deixados nas casas de moradores das zonas Leste e Sul – regiões carentes da cidade. No comitê eleitoral do candidato foram apreendidos mais de vinte mil DVDs do show ao vivo no Reveillon de 2010, evento que foi patrocinado pelo Governo do Estado.

Salta aos olhos o abuso de poder econômico perpetrado pelo candidato. Valendo-se de vantagem econômica, própria ou financiada, tentou inserir no consciente das pessoas o seu nome e imagem, sempre ligados à ideia de proximidade com Ivo Cassol, de amor à Rondônia e do orgulho de ser rondoniense, tudo mediante a confecção de centenas de CD's para distribuição gratuita”, afirmou o procurador regional eleitoral, Heitor Soares.


Autor: MPF

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