A corrida pela riqueza faz mais uma vítima na Reserva Roosevelt

Alberto Jurandir Silva Vieira de 38 anos morreu no “Garimpo Ilegal de Diamantes localizado na Reserva Federal Roosevelt”, o homem foi soterrado por um barranco, de onde ele e seus “colegas de trabalho”, esperavam retirar diamantes e fazer riqueza e produzir fortuna.

A testemunha que prestou socorro a Alberto Jurandir, identificado como sendo Edvaldo Pereira Santos, idade não informada, disse à polícia que teve de se deslocar uma distância de 5 km até conseguir carona com um veículo indígena (Toyota), não dando tempo para socorrer o colega de trabalho.

Isso prova que mesmo com a presença da Policia Federal, Força Nacional e órgãos de preservação do meio ambiente, o Garimpo continua funcionando a todo vapor. Pelo que nos consta, funcionando ilegalmente, fazendo viúvas e produzindo muito mais vítimas do que propriamente riqueza e fortuna.

A tragédia ocorrida em Abril de 2004, não serviu para afastar os garimpeiros que continuam – em menor número – na Reserva Roosevelt.

Cinco após o massacre de 29 garimpeiros feito por índios cintas-largas dentro da terra indígena Roosevelt, em Espigão do Oeste, a área ainda é invadida por homens em busca de diamantes. A informação partiu da Polícia Federal (PF).

Líderes dos 1.300 cintas-largas que dominam a área e a protegem a qualquer custo – mesmo se forem necessários o uso de arco, flecha e/ou espingardas – disseram a época que os garimpeiros foram mortos porque invadiram a reserva indígena e resistiram a expulsão em massa deles, organizada pelos líderes indígenas na época.

A PF emitiu nota recentemente afirmando que ainda ocorrem prisões de garimpeiros na reserva e que mesmo com todo o aparato de segurança promovido pelo governo federal e o perigo eminente por causa dos índios que não aceitam o homem branco em suas terras, eles continuam tentando invadir a reserva. O jornal o Globo também fez menção a reserva recentemente e na matéria relatava casos de prisões onde dizia: "toda a semana", há pelo menos um caso de prisão de garimpeiros ilegais na reserva Roosevelt.

Começo do fim

A extração de diamantes na reserva Roosevelt segundo informações obtidas pelo departamento de Jornalismo Sociedade Espigão começou em 1999, por garimpeiros que pagavam 20% da produção aos índios – informação dos próprios garimpeiros, com confirmação de alguns indígenas.

Segundo informações da Polícia Federal (PF), no mês janeiro de 2003, foi feita a retirada de cerca de 5 mil homens que trabalhavam de forma ilegal na reserva e, em agosto daquele ano, os índios da etnia cinta-larga, passaram a garimpar por conta. Garimpeiros passaram então a invadir a área. O massacre de 29 deles ocorreu no dia 7 de abril de 2004.
Mas até os dias atuais, mesmo com tantos órgãos envolvidos na preservação da Roosevelt, pessoas de diversas partes do Planeta, continuam negociando riquezas da reserva com quem as reclama junto à imprensa e também as autoridades, os próprios donos, os índios.

Não foi nos passada a informação de quantas pessoas estão morando no local. Só foi possível saber que, são muitas novamente e que, todas de maneira ilegal.


Fonte: Salim Salles