O deputado estadual Jesualdo Pires-PSB, depois que Cahúlla perdeu o governo, decidiu usar da esperteza e da insoburdinação e resolveu dar um grito de alforria saindo debaixo dos pés do ex-governador Ivo Cassol e lançando seu nome, ainda que nos bastidores, para concorrer à presidência do Poder Legislativo Estadual.

Pires, que durante os últimos quatro anos comeu uma bela fatia do bolo da construção civil do Estado, através de sua construtora Engeral, que executa as obras do Centro Polítivo Administrativo, do Teatro Estadual e do prédio do Assembléia Legislativa, cujas edificações, comenta-se nos bastidores, são sublocadas da empresa Engecon, decidiu contrariar a orientação de Cassol, que já declarou seu apoio a outro candidato ao posto.

De acordo com fontes do Rondonoticias, nos últimos dias Jesualdo não tem feito outra coisa senão se reunir por longas horas com Assis, coordenador da transição, e rogado a este que defenda seu nome com fervor, como candidato à presidência do poder, junto ao futuro governador Confúcio Moura.

Para essa fonte, Jesualdo é um forte candidato, se verdadeira é a assertiva de que no jogo de eleição para presidente do legislativo, a moeda é mesmo dinheiro. Nesse quesito, confidenciou a fonte, foi-se o tempo em que Jesualdo andava com o Pires nas mãos, hoje ele tem bala na agulha.

A fonte estranha, no entanto que, mesmo a despeito de Cassol ter perdido o governo, por questões de fidelidade e reconhecimento, Jesualdo jamais poderia insurgir-se contra o ex-governador e senador eleitor, de vez que praticamente todo o aumento significativo seu patrimônio, nos últimos tempos, veio de favores colocados em seu colo, abençoados, na totalidade pelas mãos e pelo sentimento humanitário de Ivo Cassol.

Ainda de conforme esse interlocutor, Pires tem sido aconselhado a não peitar o ex-governador e retirar seu nome do pleito. Amigos tem dito a ele que não vá com muita sede ao pote, pois ele corre o risco de ser mal interpretado pela equipe de Confúcio, como sendo oportunista, traidor, sem confiança e espertalhão, pelo fato de estar abandonando o barco de cassol, seu pai e padrinho, quando este ainda navega em mar aberto e dá os últimos suspiros.



Autor: Rondonoticias