Regionais : Rondônia apresenta primeira queda e demissões
Enviado por alexandre em 20/11/2010 11:20:00



O índice crescente de emprego que colocava Rondônia no ápice de desenvolvimento do país começa a ter fim. Em outubro, pela primeira vez em 12 meses, o número de contratação no estado apresentou queda e os números de demissões tiveram resultado quase semelhante ao de admissões.

Segundo os dados do CAGED, divulgado pelo Ministério do Trabalho, em outubro de 2010 foram gerados 297 empregos celetistas, equivalente à expansão de 0,13% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior.

As novas vagas de emprego são referentes às contratações do comércio (+279 postos) e nos Serviços (+229 postos), devido à chegada do fim de ano e as compras de natal.

Início das demissões

No entanto, chama atenção neste período os dados referentes às demissões, ligadas exclusivamente a queda da Construção Civil (-220 postos) e as atividades vinculadas às obras viárias (- 680 postos). Fenômeno já previsto e temido pela população desde o início das obras das hidrelétricas do Rio Madeira.

A desocupação dos milhares de homens vindos de outros estados para trabalhar nas usinas e na construção civil, parecia estar longe de acontecer. Porém, as primeiras demissões já começam se refletir nas ruas de Porto Velho, principalmente nas proximidades da rodoviária.

Dona Glória, que trabalha há dez anos no estacionamento da rodoviária, confirma que o número de pessoas desocupadas que vagam dia e noite no terminal tem aumentado nos últimos 60 dias.

“Nunca tinha visto isso em Porto Velho. Homens bêbados e drogados estão transformando a rodoviária num inferno. Todo dia a polícia é chamada para conter brigas, por causa de assaltos e porque o consumo e venda de drogas estão muito na cara”, desabafa.

Sindicato confirma demissões

O STICCERO – Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil do Estado de Rondônia, através do seu assessor de imprensa, confirmou que o índice de demissões nas construções das usinas hidrelétricas está crescente.

Na última contagem do sindicato foram contabilizadas mais 1500 denúncias de demitidos. Entre as principais queixas dos operários, estão relacionadas à obrigação de morar nos alojamentos dos canteiros de obras. Outras demissões podem ser ligadas ao não cumprimento das normas de trabalho imperadas pelos consórcios aos trabalhadores e da desilusão com as condições de trabalho e salários. Porém, o sindicato informa que as demissões também podem estar ligadas ao início do processo de conclusão das obras.

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