Regionais : “Empresário” racista de Porto Velho
Enviado por alexandre em 20/12/2010 11:01:27



Da reportagem do TUDORONDONIA



O “empresário” José Edílson Negreiros, o “Ceará Miséria”, que ficou rico explorando concessões de táxi da Prefeitura de Porto Velho alugadas a terceiros, foi condenado pelo juiz Valdecir Castelar Citon, da 2ª Vara Criminal de Porto Velho, pelo crime de agressão física e racismo contra uma de suas empregadas , que foi lhe cobrar salários atrasados e acabou apanhando no meio da rua e humilhada publicamente.

A sentença condenatória de primeiro grau foi mantida pelo Tribunal de Justiça de Rondônia em julgamento de recurso de apelação interposto pelos advogados Furtado da Frota e Celina Alves Pacheco em nome de Ceará Miséria. O acórdão (decisão) sobre o recurso de apelação ainda não foi publicado.

Em primeiro grau, Ceará Miséria foi condenado a um ano e seis meses de reclusão e ao pagamento de 20 dias multa. O juiz substituiu as penas privativas de liberdade por duas penas restritivas de direito consistentes em prestação de serviço à comunidade e por prestação pecuniária (pagamento em dinheiro) em favor da vítima, no valor de cinco salários mínimos. Em seu interrogatório, ceará Miséria demonstrou que, além de racista, possui grande capacidade financeira – segundo o juiz.


RACISTA O Ministério Público Estadual denunciou José Edílson Negreiros, o Ceará Miséria, porque, segundo a denúncia, na manhã do dia 30 de junho de 2008, na rua Arruda Fontes Cabral com Amazonas, em Porto Velho, ele agrediu fisicamente sua então empregada Jane Maria da Silva, causando-lhe lesões corporais

Consta ainda que nesta mesma ocasião Ceará Miséria praticou discriminação e preconceito de cor, utilizando-se de palavras pejorativas referente à cor da pele da vítima, gritando as seguintes palavras: “Negra é pra ser escrava” e “Preto só serve para ser escravo”.

Ceará discutiu com sua empregada no meio da rua por questões de salários. Laudo de Lesão Corporal comprova a agressão sofrida pela vítima, que saiu lesionada no ombro. A intenção de Ceará Miséria, segundo consta do processo, era dar uma surra de cinto na empregada.

Para o juiz Valdecir Castelar Citon, é certa a autoria do crime de racismo por parte de Ceará Miséria.
Segundo o juiz, Ceará Miséria demonstrou possuir personalidade violenta e dominadora e agiu visando negar direitos trabalhistas à vítima.

“36 NEGRINHOS”

Na sentença, o juiz Valdecir Castelar Citon observa: “Interessante notar que a conduta do acusado durante o interrogatório demonstra sua tendência ao preconceito racial, pois na tentativa de negá-lo acabou por confirmá-lo. Diz ele: ‘Que possui mais 36 agregados que são 'criolinhos', e nunca os discriminou por esse motivo’. A forma pela qual o acusado se refere a seus ‘agregados’ de forma pejorativa demonstra como está arraigado em sua personalidade o preconceito racial exteriorizada na conduta descrita” na denúncia do Ministério Público.


CORRUPÇÃO Ceará Miséria e o irmão vereador Ramiro Negreiros já foram condenados por corrupção eleitoral, incluindo compra de votos e distribuição de carteiras de habilitação frias no Detran Rondônia. Num dos inúmeros processos a que responde na justiça, foi determinado que o Instituto Médico Legal avaliasse a sanidade mental de Ceará Miséria, mas o resultado dos exames não foram divulgados.

Página de impressão amigável Enviar esta história par aum amigo Criar um arquvo PDF do artigo
Publicidade Notícia