O Ministério Público de Rondônia quer que médico que atua no Hospital Regional de Buritis seja afastado da unidade, liminarmente. O pedido foi feito em Ação Civil Pública de Responsabilização por atos de improbidade administrativa ajuizada pelo Promotor de Justiça Nelson Liu Pitanga, em que ele relata os destratos do profissional ao público e funcionários, a ausência de zelo do médico e a prioridade dada por ele ao repouso durante os plantões, o que provoca um atendimento superficial e rude aos pacientes.
Na ação ajuizada contra o médico peruano William Zevallos Pollito, o Promotor de Justiça informa ter recebido diversas reclamações acerca da atuação do profissional de saúde. Uma das queixas versa sobre o pedido feito por uma enfermeira do hospital para que o médico reavaliasse o quadro de uma criança. A servidora teria chamado William Zevallos, que estava descansando, por três vezes, tendo na última o profissional puxado a enfermeira pelos pulsos, dizendo para deixá-lo descansar, pois já havia atendido a menina.
Para o Promotor de Justiça, o médico vem praticando de forma reiterada condutas que não coadunam com a função por ele desempenhada, evidenciando um total despreparo profissional, pois deixa de atender prontamente os que procuram socorro médico; não trata com urbanidade e respeito funcionários e usuários da unidade e prioriza o lazer em detrimento da atividade funcional.
Assim, o MP pleiteia o afastamento do profissional admitido pelo Estado mediante contrato emergencial, fixando-se multa diária para o descumprimento e, ao final, requer a condenação do médico pela prática de atos de improbidade administrativa.