Projeto aprovado no Senado e em discussão na Câmara dos Deputados cria o Programa de Combate à Intimidação Sistemática. A proposta define oito tipos de bullying que devem ser evitados no ambiente escolar. A proposta define o bullying, que ainda não tinha definição em língua portuguesa, como uma sequência de episódios de violência física ou psicológica, intencionais e repetitivos, praticado reincidentemente por um indivíduo ou grupo contra outro indivíduo ou grupo, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas, produzindo na vítima prejuízos psicológicos, físicos ou morais. Um dos objetivos é prevenir e combater a prática de bullying nas escolas. Para tanto, os profissionais de educação deverão ser capacitados para implementar ações de discussão, prevenção e solução do problema. Além disso, serão publicados relatórios anuais das ocorrências de violência nas escolas e nas redes de ensino. O Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), pesquisa feita pela Unifesp e divulgada no ano passado, mostrou que 13% das crianças e adolescentes sofrem bullying nas escolas. As meninas são o principal alvo da prática. Ainda de acordo com o estudo, a exposição a abusos físicos e psicológicos ou a outros eventos agressivos na infância pode aumentar a predisposição a depressão e ao uso problemático de drogas na vida adulta.
Veja quais são os oito tipos de bullying: 1. Físico: Violência física como socar, chutar ou bater em um colega repetidas vezes. Este é o bullying mais fácil de idenditicar.
2. Psicológico: Perseguir, amedrontar, aterrorizar, manipular, intimidar, dominar, chantagear o colega de escola.
3. Moral: Difamar, caluniar ou espalhar um boato sobre alguém
4. Verbal: Insultar ou xingar de forma repetitiva ou criar apelidos que humilham os colegas
5. Sexual: Assediar, induzir ou abusar de alguém
6. Social: Ignorar, isolar ou excluir constantemente um colega do convívio social
7. Material: Furtar, roubar ou destruir os pertences de alguém
8. Virtual: Humilhar os colegas pela rede, enviar mensagens que invadem a intimidade, falsificar fotos e dados pessoais provocando sofrimentos e constrangimento. (iG)