Com presença de investigados Fachin toma posse
Após dez meses com uma cadeira vazia, o STF (Supremo Tribunal Federal) retomou nesta terça-feira (16) sua formação completa, com a posse do advogado e professor Luiz Edson Fachin, 58. Em tom protocolar, a cerimônia ocorreu sem discursos e durou 15 minutos. Como em anos anteriores, a presidente Dilma Rousseff não participou da solenidade. Investigados na Corte por suposta participação em esquema de corrupção da Petrobras, os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) compareceram à posse do novo ministro. Na composição da mesa, Calheiros ficou ao lado do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, alvo de promessas de retaliação da cúpula do Congresso contra sua candidatura para recondução ao cargo. Ministros, governadores, senadores e deputados também prestigiaram o novo ministro do Supremo, além de outros nomes envolvidos na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, como a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão. Após a posse, Fachin afirmou que espera atuar com serenidade e firmeza para "cumprir com todos os compromissos da Constituição brasileira e com a esperança que a sociedade brasileira deposita na Justiça". O novo ministro acrescentou que "todos os julgamentos desafiam o julgador" e disse esperar que o Supremo continue se firmando como um tribunal Constitucional e valorizando as cortes estaduais. "É fundamental prosseguir nessa caminhada que o supremo tem se postado de se afirmar como corte constitucional", afirmou. (Da Folha de S.Paulo) |