MPF é informado sobre impasse envolvendo Hospital de Câncer da Amazônia Presidente da Assembleia participa de reunião que serviu para apresentar problema a procurador do MPF Em mais uma reunião para apresentar o impasse que pode prejudicar a implantação do Hospital de Câncer da Amazônia, o presidente da Assembleia Legislativa, Maurão de Carvalho (PP), participou do encontro com o procurador do Ministério Público Federal (MPF), Raphael Bevilaqua, em Porto Velho, nesta terça-feira (16). Junto com o presidente da Fundação Pio XII, Henrique Prata, membros do Ministério Público Estadual e do Ministério Público do Trabalho, o parlamentar mostrou ao procurador federal que o Hospital de Câncer da Amazônia é uma necessidade de Rondônia e da região, que tem recebido apoio de empresários e da sociedade para ser erguido. "Como já havíamos explicado ao MPE e ao Tribunal de Justiça, esclarecemos ao procurador que a compra do acelerador de cobalto, para ser instalado no Hospital de Base, inviabilizaria o projeto do Hospital de Câncer da Amazônia, pois o Ministério da Saúde permite que haja apenas um Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon) para um grupo de 1,5 milhões de habitantes", explicou Maurão. Como pode apenas existir um centro com essas especificações, caso o HB implante o acelerador de cobalto, adquirido pelo Ministério da Saúde, acabaria com o sonho do tratamento digno e de primeira linha que o Hospital de Câncer da Amazônia oferecerá. "Hoje, o número de pacientes com câncer que são atendidos em Barretos (SP) é muito grande. Por isso lançamos esta obra do Hospital de Câncer da Amazônia, num investimento em torno de R$ 100 milhões em estrutura e em equipamentos, para atender ao paciente aqui, perto de sua família, com a mesma qualidade dos melhores centros", relatou Prata. Bevilaqua acompanhou todas as explicações e de antemão pediu mais informações para embasar o MPF sobre o problema. "Vamos reunir dados e buscar meios de provocar o Ministério da Saúde, inclusive, acerca da necessidade de se buscar o melhor para a população, no que se refere ao tratamento do câncer", completou. Ele disse ainda que, com o HB sendo credenciado como Cacon, o volume de pacientes enviado para ser tratado fora de Rondônia não iria diminuir de forma acentuada, além de o tratamento não ter condições de ser realizado em sua amplitude, por falta de meios. "Ou seja, vamos matar um projeto grandioso, que a sociedade já abraçou, que vai oferecer tratamento de excelência, em troca de uma decisão política apenas, que não vai representar um avanço no tratamento da doença em Rondônia?", questionou.
DECOM
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