Há 13 dias, assim que ficou sabendo de um novo projeto que dava direito aos negros de ingressarem na carreira da magistratura com o auxílio das cotas, uma vez que 20% de todas as vagas serão destinadas aos negros, o bacharel em Direito gaúcho Heriberto Ostado decidiu que ia “mudar de cor”.
O bacharel, filho de holandeses procurou um centro de estética e fechou um pacote com 30 sessões de bronzeamento artificial com um único propósito, conseguir prestar o concurso como “negro”.
Além das sessões de bronzeamento o bacharel também contratou um tratamento capilar para escurecer e enrolar os cabelos.
Contudo, o que parecia um desejo de Heriberto, causou a sua morte precoce.
Apesar dos conselhos da dona do Centro de Estética, o bacharel insistiu que queria iniciar o “tratamento” com uma sessão de 3 horas, quando o indicado são sessões de meia hora. Porém, antes de completar duas horas de bronzeamento o bacharel desmaiou e foi levado em estado gravíssimo para o Centro de Tratamento Intensivo da Santa Casa de Porto Alegre, com queimaduras de primeiro e segundo graus em 98% do corpo. Apenas o couro cabeludo escapou, mas não resistiu às queimaduras e morreu no hospital.
A dona da estética, onde foi feito o bronzeamento, disse que insistiu para que Heriberto não realizasse o tratamento tão longo, pois sabia que isso causaria queimaduras.
Ele foi muito arrogante comigo e disse: “minha querida, eu sei dos meus direitos, eu sou um futuro juiz de direito, se você não me deixar fazer o tratamento eu mando fechar esta porcaria de salão”, contou a dona da estética.
Segundo Marla Musa, esposa do bacharel, que tinha o apelido de “Lemão” seu marido estava “possuído” e com a ideia fixa de passar no concurso usando a lei de cotas. Ele me disse que depois de passar 4 anos estudando para a OAB, ia ser fácil passar na magistratura se ele se declarasse negro, pois atualmente a prova da OAB é mais difícil que a da magistratura.
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