Regionais : Editorial – Rondônia carente de lideranças políticas
Enviado por alexandre em 06/07/2015 21:09:35


Porto Velho, RO – Rondônia é um Estado jovem com pouco mais de 30 anos de emancipação político-administrativa e carente de lideranças políticas. Hoje o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) ocupa a vice-presidente nacional do seu partido e seguramente é a maior expressão política de Rondônia.

O Estado também já teve grandes lideranças de expressão nacional. Um deles o ex-prefeito de Porto Velho e ex-deputado federal José Guedes, que foi fundamental na fundação do PSDB nacional. Outro nome expressivo é do saudoso ex-governador Jerônimo Santana, primeiro eleito pelo voto direto. Jerônimo também foi prefeito de Porto Velho e deputado federal.

No próximo ano teremos eleições municipais (prefeito e vereador) e, caso não ocorra mudança no calendário eleitoral, com a comentada, mas pouco eficiente reforma política, as gerais (presidente da República, Senado, Câmara Federal e Assembleias Legislativas). Há carência de lideranças.

Rondônia tem 52 municípios e com raríssimas exceções, temos poucos nomes para disputar o governo do Estado em 2018. Raupp que foi governador já descartou há tempo uma candidatura a governador, o mesmo ocorrendo com sua esposa, a deputada federal Marinha Raupp.

Os nomes de lideranças emergentes são poucos. Temos a jovem deputada federal tucana Mariana Carvalho, a terceira mais bem votada (60.324) do Estado em 2014. Em 2010 disputou a Prefeitura de Porto Velho, foi bem votada, mas ficou na terceira colocação. Caso dispute a sucessão de Mauro Nazif (PSB) na capital e vencer, será uma forte candidata ao governo, ou mesmo ao Senado, em 2018.

Outro nome emergente é o do jovem deputado federal Marcos Rogério (PDT-RO), que surpreendeu nas eleições de 2014. Era suplente, assumiu e se reelegeu como o segundo mais bem votado (60.780) do Estado.

Comenta-se que Marcos Rogério será candidato a prefeito de sua cidade, Ji-Paraná, onde tem domicílio eleitoral. Mas terá que mudar de partido, porque o senador Acir Gurgacz, que preside o PDT no Estado tem compromisso com o prefeito Jesualdo Pires (PSB), que pretende disputar a reeleição. Caso deixe o PDT tem chances de eleger-se prefeito no próximo ano, o que seria um passo enorme para as eleições de 2018, visando a disputa do governo do Estado ou uma das duas vagas ao Senado.

Outros nomes que estiveram no topo e hoje deslocados de uma disputa à sucessão do governador Confúcio Moura (PMDB) em 2018 seriam do senador Ivo Cassol (PP-RO), que está inelegível e do deputado federal Nilton Capixaba (PTB-RO), que foi reeleito com votação bem abaixo das expectativas.

Os demais deputados federais, Lúcio Mosquini (PMDB), Lindomar Garçon (PMDB), Expedito Netto (PSDB) e Luiz Cláudio são cartas fora do baralho.

As opções são poucas. Nomes expressivos e com respaldo popular estão em falta e as perspectivas com os jovens são mínimas. Isso é ruim para o futuro político do Estado.


 Autor:  Rondoniadinamica

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