O 1º tenente das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), Guilherme Derrite, que causou polêmica com uma mensagem em um grupo de WhatsApp de PMs, passou algumas horas presos e já foi posto em liberdade.
No áudio, que causou revolta, o tenente afirma: “Pro camarada trabalhar cinco anos na rua e não ter ma… três ocorrências, na minha opinião, é vergonhoso, né. Mas é a minha opinião, né”, disse Derrite. O áudio foi divulgado pelo canal de jornalismo sobre Segurança Pública sob o enfoque dos direitos humanos.
“Quem vai pra cima, quem combate o crime, no Estado de São Paulo, onde o ladrão tá estourando caixa eletrônico toda madrugada, atirando em polícia… Mas esse daí é o reconhecimento que a gente tem por parte da nossa instituição. Esse é o grande reconhecimento. Tomar um pé na bunda”, diz ele no áudio polêmico.
A motivação para a mensagem repassada a colegas foi a transferência do também 1º tenente da Rota, Rafael Telhada, que é filho do deputado estadual Coronel Telhada, do PSDB.
“A polícia tá, como sempre, né, querendo reduzir a letalidade policial. Então, os tenentes, principalmente os oficiais, mas sargentos, cabos e soldados que nos últimos cinco anos se envolveram em três ocorrências ou mais, que tenham resultado evento morte do criminoso, eles tão sendo movimentados. E o Telhada se encaixa nessa lista aí. Até eu, que tô fora da rua há dois anos, me encaixo”, afirmou.
O deputado, por meio de uma publicação em uma rede social, disse não ter gostado do afastamento do filho da Rota. O ex-comandante geral da tropa de elite da PM paulista disse ter ido até a Corregedoria “resolver um probleminha”.