A superlotação e a falta de agentes penitenciários tem fragilizado de forma preocupante a segurança da Casa de Prisão Semiaberto e Aberto de Jaru. A unidade prisional atualmente está operando com um número total de 10 agentes, sendo dois emprestados por outras unidades da Comarca, para fazer a vigilância e o monitoramento de 93 apenados reclusos nos regimes semiaberto e aberto. Em 2014 a unidade prisional foi totalmente destruída após um incêndio provocado por alguns apenados. Após ser reinaugurada no final do último ano, a direção da unidade retomou e ampliou os projetos de reinserção social desenvolvidos no estabelecimento, porém, após a Secretaria de Estado de Justiça- Sejus, não ter renovado há cerca de dois meses o contrato de alguns policiais militares da reserva que atuavam na unidade, a situação se tornou crítica. Segundo alguns servidores do sistema penitenciário de Jaru, com a falta de efetivo todos as atividades estão prejudicadas, e nesse momento, o Semiaberto é uma verdadeira bomba relógio, prestes a explodir a qualquer momento. “A falta de efetivo prejudica todas as atividades da unidade, pois automaticamente, a tendência é suspendê-las para garantir a segurança e a integridade física dos apenados. É uma situação séria, que requer em especial a atenção do Ministério Público e do Poder Judiciário, já que o Governo faz pouco caso da situação”, relata um agente penitenciário que faz plantão no Semiaberto. Segundo informações apuradas pela reportagem do site RO463, as demais unidades prisionais da Comarca de Jaru também estão operando no limite. Na Casa de Detenção por exemplo, um número insuficientes de quatro agentes penitenciários faz a segurança e mantém reclusos cerca de 150ç presos, sendo que aproximadamente 70% desses presos participam de pelo menos 5 projetos de ressocialização. “A gente sai de casa e não sabe se volta. A situação no Semiaberto e na Casa de Detenção no momento é de muita tensão. As autoridades podem não ter observado, mas os desvios comportamentais e os índices de reincidência tem aumentado consideravelmente desde o início do ano. No Semiaberto tivemos o incêndio e temos as frequentes regressões. Na Casa de Detenção, toda a mídia tem visto a batalha que estamos tendo para coibir a entrada de drogas e celulares”, relata um agente da Casa de Detenção. O problema da falta de funcionários tem se agravado a cada dia. De acordo com alguns agentes, em virtude da situação emergencial, gozar do período de férias ou de licença prêmio estão temporariamente suspensos. “Com a tensão e a insegurança na unidade, o nível de tensão aumenta de ambas as partes e qualquer coisa vira uma bola de neve e pode ser o estopim para uma rebelião ou tragédia”, relata outro plantonista do Semiaberto. RO463
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