Regionais : Aumento: Dilma vai vetar 78% para o Judiciário
Enviado por alexandre em 21/07/2015 08:36:13

Aumento: Dilma vai vetar 78% para o Judiciário

Ao final da primeira reunião da coordenação política do governo depois do fim do semestre Legislativo, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, afirmou nesta segunda-feira (20) que a tendência é que o governo vete a proposta, aprovada pelo Congresso, que prevê reajuste de até 78% para servidores do Poder Judiciário entre 2015 e 2017. O prazo final para a sanção ou veto da presidente se encerra nesta terça-feira, 21.

"Em várias oportunidades, nós já nos manifestamos sobre isso. É um reajuste que não é compatível com a situação econômica do Brasil e a tendência do governo é de vetar, mas é uma decisão que a presidente vai tomar", disse.

Contudo, Barbosa disse que, independentemente da decisão, o governo vai continuar a negociar sobre os possíveis cenários de reajuste para o Poder Judiciário.


Dilma não quer polemizar com Eduardo Cunha

Cristiana Lobo - Portal G1

A orientação da presidente Dilma Rousseff aos ministros é a de que baixem o tom no debate político e evitem a polarização do governo com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMSDB-RJ). Três dias depois que Eduardo Cunha anunciou o rompimento, o governo tem trabalhado para isolar o presidente da Câmara dentro do PMDB, atuando para se aproximar de outras lideranças do partido. A presidente fez questão de conversar com alguns deles, como o prefeito do Rio, Eduardo Paes, que veio a Brasília para um encontro no Palácio da Alvorada.

Eduardo Cunha está aparentemente isolado no PMDB mas, mesmo sozinho, é capaz de dar muito trabalho ao governo. No fim de semana, ele deu um passo atrás e disse que  não iria propor uma “pauta vingança” à Câmara. Mas segue dando estocadas e atuando fortemente nos bastidores. Nesta segunda-feira, ao ser perguntado se participaria de uma acareação com o delator Júlio Camargo, ele disse que sim, mas sugeriu a acareação de Dilma com o doleiro Alberto Yousseff.

Na reunião de coordenação política nesta segunda-feira (20), a presidente reafirmou a agenda de viagens aos estados para visitar e inaugurar obras e, assim, tentar reverter a tendência de queda nas pesquisas de popularidade. Ao mesmo tempo, ela fez questão de defender de forma enfática o ex-presidente Lula, que está sendo investigado pelo Ministério Público Federal do Distrito Federal sob acusação de tráfico de influência internacional (por ter atuado em favor da Odebrecht em contratos com outros países). 

Segundo Dilma, é habitual que um visitante estrangeiro faça menção a empresas de seu país, enquanto aqui Lula está sendo acusado de tráfico de influência internacional por ter feito o mesmo. A fala da presidente foi preparada para ela demonstrar ao ex-presidente e ao PT seu ponto de vista.

A presidente pediu, ainda, “humildade” aos ministros no diálogo com os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU), que vão analisar as contas do governo nos primeiros dias de agosto – depois das explicações que ela enviará ao tribunal. A avaliação no governo é a de que a ebulição vista na Câmara com o rompimento de Eduardo Cunha tem reflexos também no TCU e, por isso, são necessárias novas conversas. O ministro Luis Adams, por exemplo, esteve hoje mais uma vez em conversas com ministros do TCU.


Janot rebate Cunha: "Investigo fatos"

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse hoje (20) que investiga “fatos, jamais instituições”. Em nota à imprensa, Janot afirmou que o Ministério Público sempre buscou o diálogo com as instituições, passando pelo funcionamento de um “Senado Federal altivo e de pé”. A manifestação do procurador foi divulgada após críticas do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e de senadores atingidos pelas diligências da Operação Politeia, da Polícia Federal, deflagrada na semana passada.

A operação é um desmembramento da Operação Lava Jato e investiga a suposta participação de parlamentares no recebimento de propina.

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Na nota, Janot disse que a relação entre o Ministério Público e as instituições sempre será de harmonia e respeito. “Como é de conhecimento público, a Constituição Federal atribui ao procurador-geral da República, sob supervisão do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça, a condução de investigações de forma sóbria e responsável em relação às altas autoridades da República, sejam elas do próprio Ministério Público ou dos Poderes Legislativo, Judiciário ou Executivo”, afirmou.

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