Bolsonaro vem aí? Postado por Magno Martins
Ilimar Franco – O Globo O desempenho de Jair Bolsonaro na pesquisa MDA chamou a atenção. Dirigente de partido de oposição diz que os cerca de 5% podem decidir 2018. Cita o pleito de 2014, definido por 3,2% de votos. A desmoralização do PP governista (Lava-Jato) abre portas para sua candidatura. Se vingar, num 2º turno, o voto do segmento não irá por gravidade para outro candidato. Mas de forma organizada e será negociada. O fermento à direita O Movimento Brasil Livre, o Revoltados Online e o S.O.S. Forças Armadas, vinculados ao que se define como direita, foram a vanguarda e usaram as redes sociais para chamar o protesto de 15 de março. Pregam contra o comunismo, pelo combate à corrupção e contra a interferência do Estado na economia. O Revoltados elegeu Jair Bolsonaro como maior porta-voz de suas ideias. O S.O.S. prega a intervenção militar. Todas essas organizações vão às ruas atacando as cotas, os nordestinos, os sem-teto e alguns usam símbolos como a suástica nazista. A corrupção (nos governos do PT) e o descrédito do Congresso e dos partidos (pesquisa MDA) criam a química perfeita para o ressurgimento dessa força.
Cunha: mal na Lava Jato e dentro do PMDB Postado por Magno Martins
O jornalista Janio de Freitas destaca neste domingo 26, em sua coluna na Folha, uma "surpresa" no mandato do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), segundo ele, "inconciliável com os seus seis meses de domínio absoluto da maioria da Câmara". Enfim, segundo Janio, começou uma reação dos que não se alinham com Cunha na bancada do PMDB. "Peemedebistas dessa corrente inquietaram-se com a acusação proveniente da Lava Jato e seus possíveis desdobramentos sobre o partido", diz. A surpresa se dá pela definição do deputado, segundo o colunista: "Eduardo Cunha é um daqueles tipos que fazem paus mandados a granel". Agora, conclui, "ficou difícil saber se, a esta altura, seu problema mais premente está na Lava Jato ou dentro do PMDB: está mal em ambos". Leia aqui na íntegra o artigo O potencial de uma candidatura como a de Jair Bolsonaro (4,6%) ou Ronaldo Caiado (1% nas pesquisas), diz o cientista político Alberto Carlos de Almeida, “não tem expressão real”. Espiridião Amin (PPR) fez 2,7% dos votos no pleito de 1994. Pelo afastamento de Eduardo Cunha Postado por Magno Martins
* Jarbas Vasconcelos O cenário é turvo. Na Câmara dos Deputados, os trabalhos do segundo semestre nem recomeçaram e já dão sinais de que as dificuldades e os embates serão uma constante. A começar pelas denúncias que envolvem o atual presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que numa demonstração oportunista e aproveitadora anuncia posições pessoais como se tal comportamento pudesse ser dissociado do cargo que hoje ocupa. Não pode. Para que os trabalhos na Câmara Federal ocorram com mais tranquilidade e com o debate reestabelecido –o que não vimos no primeiro semestre–, e para que o próprio presidente da Casa possa se explicar e se defender das acusações que lhe pesam, o seu afastamento é o melhor caminho. No governo do ex-presidente Itamar Franco, o então ministro da Casa Civil, Henrique Hargreaves, se afastou para que as denúncias que existiam na época contra ele fossem esclarecidas. Isso foi feito e ele retornou ao cargo. Esse tipo de atitude, no atual momento que vivemos, serve de modelo de conduta. Serviria para dar tranquilidade ao trabalho que é feito na Câmara. Trabalho esse que foi, nesta primeira metade do ano, marcado pelo autoritarismo. A pressa, o açodamento e a desorganização foram rotinas no dia a dia da Câmara. Desorganização que pôde ser vista tanto na agenda do dia –que não teve hora nem para começar nem para terminar– como nas votações, que ocorreram sem que o debate em torno da pauta fosse aprofundado e que ocorresse de maneira civilizada –algo que todos esperam do Parlamento, principalmente a opinião pública. A leitura de quem pensa que discutir e votar ao longo da madrugada é algo que "mostra serviço" à população é equivocada. Isso, na verdade, mostra como os trabalhos foram executados de forma precipitada e desordenada, atropelando as discussões e fazendo com que temas extremamente importantes para o país fossem votados de forma precária e precipitada. A população pôde acompanhar sessões de votações cheias de manobras regimentais. Esses manejos procedimentais fizeram com que assuntos altamente relevantes passassem pela Casa sem as discussões necessárias, como a terceirização, a redução da maioridade penal e essa falsa reforma política que está sendo discutida no Congresso. Trabalhar com responsabilidade e organização é condição básica em qualquer lugar. Na Câmara dos Deputados, onde estão em jogo projetos e ações que mexem com a vida de toda a população brasileira, não é correto trabalhar de forma medíocre e confusa, como ocorreu no primeiro semestre deste ano. É em busca do reestabelecimento do debate e de condições decentes de trabalho que acredito que presidência da Câmara dos Deputados não deve ter seu nome envolvido em escândalos e denúncias de corrupção, como estamos assistindo ocorrer neste momento. É incontestável que irão pairar dúvidas sobre os atos e as ações naturais do cargo –a exemplo da abertura das Comissões Parlamentares de Inquérito–, sobre as reais motivações da Casa enquanto seu presidente dividir as manchetes dos jornais com a Operação Lava Jato. Trabalhar diante desta realidade amarga, diante do enorme risco do famigerado "toma lá, dá cá", definitivamente não é o melhor caminho. Não podemos, como representantes eleitos da população, correr o risco de trabalhar pautados por quem não tem condições éticas de exercer sua função. * Artigo de Jarbas Vasconcelos publicado hoje na Folha de São Paulo
Cunha alertou aliados: seria acusado por lobista Postado por Magno Martins
Da Folha de S.Paulo – Márcio Falcão, Ranier Bragon e Aguirre Talento Em um almoço na residência oficial da Câmara, o presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) avisou a aliados que se agravariam as acusações envolvendo seu nome no esquema de corrupção na Petrobras. O encontro ocorreu no dia 14 de julho, dois dias antes de o lobista Julio Camargo dizer ao juiz Sergio Moro, no Paraná, que pagou propina de US$ 5 milhões ao deputado. O peemedebista, que já é investigado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), disse a líderes governistas e oposicionistas que tinha informações seguras de que Camargo mudaria seu acordo de delação premiada com o Ministério Público para implicá-lo. Camargo teria feito a mesma afirmação sobre o congressista à Procuradoria-Geral da República dias antes de repeti-la ao juiz federal. A expectativa de investigadores que acompanham o caso é que, diante de novos elementos e o avanço das investigações, o presidente da Câmara já possa ser denunciado no próximo mês ao STF. VACINA A "vacina" lançada por Cunha durante o almoço foi confirmada por três parlamentares à Folha. Segundo relatos, na reunião, ele responsabilizou o Planalto por seu envolvimento com o escândalo e se disse vítima de "armação". Também alegou que seu enfraquecimento favoreceria o governo, que luta para recuperar a popularidade da presidente Dilma Rousseff. Segundo um dos deputados presentes, Cunha também disse que o procurador-geral, Rodrigo Janot, havia pressionado Julio Camargo para que ele mudasse seus depoimentos e o implicasse no esquema de corrupção. |