O sonho de fazer uma universidade acompanha a maioria dos jovens brasileiros. Porém, com a concorrência, cada vez maior, por vagas em universidades públicas e com o sucateamento do ensino público no país, os estudantes de baixa renda ficam fadados a estudarem, na maioria das vezes, nas faculdades particulares.
Infelizmente, isso tem um custo: uma mensalidade, pode variar de R$300,00 mensais a até (acreditem) quase R$9.000,00 (como é alguns casos de medicina). O que faz com que o sonho de entrar na universidade tenha um preço muito alto, levando, muitas vezes, à inadimplência.
Fora isso, os estudantes que entram nesse novo estágio têm diversas outras preocupações financeiras. Diferente do que ocorria anteriormente no colégio, o número de livros e textos que o aluno tem que ler é muito maior; tem também o custo de transportes e aumentam as baladas e os eventos sociais. O caso se torna ainda mais grave quando o estudante muda de cidade; nesse caso, ainda existe o custo de moradia, alimentação e viagens.
Assim, o primeiro passo é buscar opções de pagamentos caso tenha dificuldade, como é o caso do ProUni, (Programa Universidade Para Todos) que dá bolsas de estudo para estudantes de baixa. Há também o FIES, um financiamento estudantil a juros baixos e prazo de pagamento a perder de vista. Para concorrer a esses benefícios, é preciso ter se saído bem no Enem, além de comprovar uma baixa renda.
Além disso, veja algumas orientações de economia para essas situações:
Buscar economizar o máximo possível na utilização de papéis e cadernos. Busque utilizar cadernos de outros anos que tenham folhas em branco, bem como folhas de sulfite já utilizadas de um lado como rascunho; Apesar dos problemas de direito autorais, que dificultam as cópias dos textos, é interessante formar um grupo de estudos com colegas, para que possam compartilhar textos. Dessa forma, se possuem quatro textos para ler, uma cópia de cada será suficiente para os quatro, mas é importante que os quatro tenham o mesmo ritmo, para que não haja confusões; Sobre transporte, sempre existem os passes para estudantes. Utilize os transportes públicos. Se isso não for possível, busque revezar ou dividir o carro com o maior número de pessoas possíveis; Se trabalhar, busque sempre ter uma reserva no fim do mês para imprevistos futuros que podem fazer com que tenha que parar o curso em caso de desemprego; Caso não trabalhe, é a hora de buscar um estágio remunerado; além de ser bom para o currículo, o dinheiro que recebe poderá ser utilizado para reduzir os custos de sua família com a mensalidade e para que você comece realmente a conquistar sua independência; Busque descontos nas mensalidades ou mesmo créditos educacionais, mas lembre-se, esses terão que ser pagos no futuro. Por isso, já deve começar a fazer uma reserva extra; Se for morar fora, busque morar em repúblicas com pessoas que tenham as mesmas condições financeiras que você e com o aluguel mais baixo possível. Faculdade não é fase de status, e sim de estudo; Evite comer fora com frequência; cozinhar é uma solução econômica. Também, existe a possibilidade de levar lanchinhos em vasilhas ou mesmo os lanches naturais; Por mais que a saudade dos familiares seja grande, a universidade é um momento de conquistar seu espaço. Não é necessário viajar todo o fim de semana. Mas cuidado, ficar em outra cidade não é sinônimo de sair, bagunçar e gastar, e sim de se encontrar; Não deixe de aproveitar as baladas, mas selecione as que realmente valem a pena e as que são mais econômicas. Diversão não é sinônimo de gastos.
A faculdade é uma fase de crescimento e nesse processo está o da capacitação financeira. Todo cuidado é pouco para que você realmente cresça e tenha um futuro adequado para o seu crescimento profissional.
Fonte: DSOP Educação Financeira
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