O ano de 2016 não começou nada bem para o prefeito de Chupinguaia, Wanderlei Palhari (PMDB). Ele foi o segundo prefeito do Cone Sul a ser investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) sob suspeitas de corrupção em seu mandato. Esta semana, um site de notícias local, confirmou que câmeras de segurança de uma agência bancária da cidade pode complicar ainda mais a situação do prefeito chupinguaiense.
O prefeito, bem com um dos seus secretários municipais são acusados por um empreiteiro do município de Vilhena de fraude em licitações para a construção de um barracão no distrito de Corgão. Segundo o denunciante, que prefere sigilo de sua identidade, sua empresa venceu o certame, porém outra firma realizou o serviço depois de ser subcontratada pelo secretário municipal.
O construtor relatou, ainda, que assinava toda a papelada referente à obra por ser coagido, dando caráter legal à construção. Ele recebia os cheques emitidos em nome de sua empresa e os trocava na agência bancária. O pagamento da propina, segundo a denúncia, era feito diante das câmeras de monitoramento.
O denunciante relata, ainda, que foi obrigado a pagar algumas despesas do prefeito do município como, por exemplo, o aluguel da chácara onde morava. O valor, segundo dados repassados ao MPF, foi de R$ 9 mil apenas do aluguel. O homem que denunciou o prefeito de Chupinguaia disse que as filmagens feitas na agência apenas reforçam sua versão dos fatos. Ele garante que tem comprovantes de pagamentos que podem confirmar o que diz.
O caso
O mesmo construtor relatou que começou a fazer obras do município de Chupinguaia e nunca havia sofrido qualquer tipo de assédio do prefeito do próprio secretário acusado. Ele relata que para poder começar a construir uma escola, teve que pagar R$ 5 mil para poder assinar o contrato, o que foi aceito por ele. Depois disso deu 10% do valor da obra para o prefeito. Os pagamentos, segundo ele, foram feitos em cheques que podem ser rastreados.
A segunda obra que o construtor disse ter pago propina ao prefeito é a de uma ponte orçada em R$ 357 mil. Ele venceu a licitação e disse ao MPF que o próprio Wanderlei Palhari o chamou em seu gabinete e pediu R$ 50 mil para que ele pudesse executar o projeto. O denunciante relatou que aceitou a proposta e um membro da Central de Processamento de Licitações (CPL) da prefeitura foi o intermediário que recebeu parte do dinheiro em nome do prefeito.
Em seguida, segundo ele, outros servidores também o procuraram para pegar o restante do valor combinado. Todas as pessoas com as quais ele conversou sobre o assunto foram citadas no MPF e possivelmente serão intimadas a depor. A equipe do Diário da Amazônia tentou contato com o prefeito de Chupinguaia para falar sobre o assunto, porém o celular estava desligado.
Fonte:Diário da Amazônia
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