Jailma de Souza tem apenas 18 anos, mas uma determinação de adulta. Interessada no Estágio de Adaptação à Graduação de Sargentos da Aeronáutica, com inscrições abertas, ela frequenta um cursinho pela manhã, almoça por lá, e passa a tarde na sala de estudos, para evitar distrações.
O foco é necessário, pois, apesar de o concurso não cobrar conteúdos muito complexos, segundo especialistas, o caminho até a aprovação é dificultado pela relação candidato/vaga.
Juntas, Marinha e Aeronáutica têm 2.376 postos abertos, que deverão ser muito disputados, devido aos bons rendimentos e a não exigência de graduação (nível universitário).
— Aprendi técnicas de estudo com um professor: tenho uma meta por dia e troco de matéria durante os estudos, de duas em duas horas — conta Jailma, confiante no sucesso.
No EAGS-B, são cobrados conteúdos de apenas duas disciplinas: Língua Portuguesa e Conhecimentos Especializados, de acordo com o curso técnico exigido.
— A prova é objetiva, mas é preciso estudar o edital, pois as cobranças são específicas. Não dá para fazer o exame apenas com o que você já sabe — diz Érika Almeida, especialista em seleções da área.
Segundo ela, a dica é a mesma para a prova prática a que os aprovados serão submetidos na primeira etapa — no caso da Enfermagem, é montado um cenário em que deve ser demonstrado o conhecimento de técnicas, como injeções — ou para o Curso de Formação de Sargentos da Aeronáutica.
Para entender o que a banca organizadora pede na seleção, provas anteriores servem como guias. É o que diz Paulo Estrella, da Academia do Concurso, acrescentando que os exames da Marinha, por sua vez, podem ir mais a fundo do que os de outros concursos. Mas há uma recompensa:
— O número de disciplinas é pequeno — diz ele, ressaltando, porém, que é preciso estar interessado na carreira militar: — Tem que ter afinidade.
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