Globo se posiciona contra prisão de Lula
Postado por Magno Martins
Dois nomes da Globo ecoaram pelas redes sociais um recado das Organizações da família Marinho: não há sentido no pedido de prisão preventiva do ex-presidente Lula.
Diego Escosteguy, editor chefe da Época, disse que "a fragilidade do pedido de prisão de Lula atrapalha a Lava Jato". "O pedido de prisão preventiva de Lula apresentado pelo MP de SP é extremamente frágil. Uma coisa é a qualidade da denúncia sobre os crimes atribuídos ao ex-presidente; outra, a qualidade do pedido de prisão. Há indícios consistentes de autoria e materialidade dos crimes descritos na denúncia. Mas - repito - são frágeis os que fundamentam a prisão", afirmou ele no Twitter.
A jornalista Monica Waldvoguel, fez coro, também através do microblog: "Sem pé nem cabeça. Sem fundamento, sem cabimento. Esperemos que haja juízes sensatos em SP". Criticada por seguidores, ela manteve sua posição: "Simplesmente não faz sentido. Justiça não pode ser luta política para ninguém. Nem o Moro que tem o esquema todo na cabeça fez isso", afirmou. (BR 247)
Lula: nâo há intocáveis no Brasil, diz jornal inglês
Postado por Magno Martins
Em editorial publicado nesta quinta-feira (10), o jornal britânico "Financial Times" fez elogios àOperação Lava Jato e afirmou que a denúncia do Ministério Público contra o ex-presidente Lula reforça a ideia de que não há 'intocáveis' no Brasil.
Para a publicação, as investigações do escândalo da Petrobras mostraram a força das instituições brasileiras ao julgar e prender nomes poderosos, como o empresário Marcelo Odebrecht, condenado pelo juiz Sergio Moro a 19 anos e 4 meses de prisão.
"A noção que de que não há intocáveis no Brasil foi reforçada ainda mais agora [...] É difícil imaginar algo parecido acontecendo em outros Brics atormentados pela corrupção, como Rússia ou China.", diz o jornal.
O texto também destaca o custo político e econômico que a operação tem gerado para a presidente Dilma e disse que o futuro ainda é incerto, especialmente com o risco crescente de polarização do ambiente político.
"Prever como tudo se desenrolará ainda é apenas dar um palpite. Se os protestos de domingo atingirem as mesmas duas milhões de pessoas que foram às ruas em março, a coalizão do governo pode entrar em colapso. As bolsas têm subido acreditando que esse processo catártico poderia antecipar as eleições e estimular uma política econômica razoável. Contudo, o oposto também é possível, especialmente com novas evidências de corrupção no primeiro escalão emergindo", diz o editorial.
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