Assassino de universitária explica como cometeu o crime Postado: Portal do Holanda
O estudante de biologia da Universidade de Brasília (UnB) Vinicius Neres, preso pela morte da também estudante Louise Ribeiro, disse não saber explicar por que cometeu o crime. “Eu ainda não sei por que a matei”, afirmou. “Definitivamente, não foi pelo motivo de amor.”
O corpo de Louise Ribeiro, de 20 anos, foi encontrado em uma área de cerrado no Setor de Clubes Norte. O local foi indicado pelo estudante, depois de confessar o crime à polícia.
Ele disse que a menina foi dopada com clorofórmio no laboratório do Instituto de Biologia da UnB. Depois de desmaiada, ele abriu a boca da estudante e a fez engolir o produto químico, que causa morte.
Neres conversou com jornalistas na sede da Polícia Civil. Algemado, ele deu detalhes do crime sem aparentar nervosismo. Ao ser perguntado se achava que tinha algum problema mental, ele disse que já havia pensado na hipótese. “Eu quis fazer um tratamento contra depressão, principalmente, mas nunca cheguei a fazê-lo. Então precisaria de uma avaliação.”
Segundo a Polícia Civil, Vinicius Neres marcou um encontro com Louise no laboratório do Instituto de Biologia às 18h30 da quinta-feira (10). Durante a conversa, o estudante falou para ela que iria se matar. “Eu mostrei o produto que ia utilizar e falei que ia me suicidar. Ela tentou me impedir, gritou para outras pessoas chegarem ao laboratório.”
O delegado-chefe da Delegacia de Repressão a Sequestros (DRS), Leandro Ritt, afirmou que o rapaz alegou ter tido um "ataque de fúria" no momento em que a vítima foi abraçá-lo. Neres imobilizou a garota pelo pescoço com a mão direita e dopou Louise com um pano embebido em clorofórmio, com a mão esquerda.
O rapaz afirmou ter colocado a vítima sentada com as mãos amarradas. Segundo a polícia, Neres pressionou o pescoço da vítima para que pudesse abrir a garganta e ingerir o líquido.
Depois do crime, o estudante colocou o corpo de Louise no chão e saiu para dar uma volta no carro dela pelas proximidades do instituto. O delegado disse que o passeio durou 12 minutos. O suspeito disse que chegou a tirar a calcinha da vítima e um absorvente interno, mas que não chegou a violentá-la.
O corpo da estudante foi levado com as mãos atadas por uma presilha e os pés por um arame. o corpo foi enrolado em um colchão inflável dentro de um carrinho do laboratório.
Neres levou o corpo da vítima até o carro dela e o deixou, de bruços, em um terreno de cerrado da L4 Norte. O suspeito chegou a atear fogo nas costas da garota. O veículo foi abandonado no estacionamento do Instituto de Biologia. O agressor disse que voltou para casa de ônibus.
O jovem foi autuado por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, uso de substância química e por não dar chance de defesa à vítima) e ocultação de cadáver. Se condenado, ele pode pegar de 12 a 30 anos de prisão pelo homicídio e de 1 a 3 pela ocultação do cadáver. O suspeito deverá ser encaminhado ao Complexo Penitenciário da Papuda ainda na sexta. |