Manifestação ocorreu em Garanhuns, a 27 km da cidade natal de Lula. Protesto reuniu aproximadamente 300 pessoas, segundo a Polícia Militar.
Do G1 Caruaru
Em Garanhuns, município a 27 quilômetros distante de Caetés, cidade natal do ex-presidente Lula, o protesto em nome dos moradores da região no Agreste de Pernambuco "pediu desculpas ao Brasil pelo filho corrupto", neste domingo (13). Segundo a Polícia Militar, 250 a 300 pessoas participaram da manifestação, que também pediu o impeachment da presidente Dilma Rousseff, a prisão de Lula e apoiou as ações do juiz Sérgio Moro. Os organizadores não informaram o número de pessoas presentes.
Ainda conforme a PM, a concentração da população aconteceu no Relógio de Flores, às 10h, e por volta das 11h30 saiu em caminhada até a prefeitura de Garanhuns. O protesto foi encerrado pouco depois das 13h.
Os manifestantes estavam a pé, em carros, motos e bicicletas. Vestidos de verde e amarelo, alguns com rostos pintados nas mesmas cores, crianças, adultos e idosos levaram às ruas de Garanhuns cartazes que continham dizeres como "Lula na cadeia", "Fora corruPTos", "Viva o juiz Sérgio Moro", "Acorda Brasil! Vem pra rua!", "Bem aventurada é a nação cujo Deus é o senhor", "Golpe é uma quadrilha travestida de partido político quebrar o Brasil", "Fora Dilma: Lula nunca mais", "A justiça engrandece a nação" e "Verás que um filho teu não foge à luta", entre outros.
Imprensa estrangeira destaca protestos no Brasil
Folha de S.Paulo
As manifestações contra a presidente Dilma Rousseff, realizadas em várias cidades brasileiras neste domingo (13), são destaque também na mídia internacional.
O jornal norte-americano "The Wall Street Journal" colocou o assunto na home de sua página na internet, chamando a atenção para as "centenas de milhares de manifestantes".
"A ira" deles, segundo a publicação, está direcionada contra Dilma e seu partido, o PT, "cercados por uma crise de confiança".
O jornal francês "Le Monde" informa, em seu site, que há manifestações "em todo o Brasil" contra Dilma. A publicação diz que dezenas de milhares de pessoas protestaram em cerca de 400 cidades, no que chamou de "uma mobilização de grande dimensão contra a presidente, atolada em uma séria crise política".
O espanhol "El País", que faz uma cobertura ao vivo dos protestos em seu serviço brasileiro, também deu destaque ao evento em seu site global. "Oposição se manifesta contra Rousseff e leva pressão às ruas", diz a manchete. No texto, o jornal faz a análise de que a crise política tem durado "meses" e destaca que este domingo será uma das provas mais importantes para a oposição à presidente.
O argentino "Clarín" afirma que as manifestações acontecem "em meio a um clima de forte descontentamento social" pela recessão e pelos casos de corrupção. "Os manifestantes tingiam as ruas com o verde e amarelo da camiseta da seleção brasileira de futebol", diz o jornal, que lembra que esta rodada de protestos é a primeira a ser apoiada abertamente pelos partidos de oposição.
O texto diz ainda que cenas como a da multidão na praia de Copacabana, no Rio, "viraram usuais" desde a eclosão da crise econômica e política.
As informações da agência Reuters, que classificou o clima da manifestação em São Paulo como "festivo", destacam que o tamanho dos protestos pode ser crucial no convencimento do Congresso para apoiar ou não o processo de impeachment de Dilma.
Outra agência, a AFP disse que "protestos em massa "sacudiram o Brasil". A Al Jazeera informa que "milhares de manifestantes tomaram as ruas para pedir a saída da presidente".
Manifestação na Paulista reúne 1,4 milhão de pessoas
A Polícia Militar de São Paulo diz que 1,4 milhão de pessoas participaram do ato na Avenida Paulista. E mais 400 mil nos outros municípios do estado. Já o Instituto DataFolha diz que 500 mil pessoas participaram dos protestos na Avenida Paulista. Para os organizadores, 2,5 milhões estiveram na Paulista. (Informações do Portal G1)
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