Próximo do fim!?
Postado por Magno Martins
Valdo Cruz – Folha de S.Paulo
Aconteceu o que o governo mais temia, a oposição esperava e o PMDB sonhava. Os protestos deste domingo (13) bombaram, foram maiores do que o das Diretas Já e deram força ao grupo que tenta tirar Dilma Rousseff do poder.
Às vésperas da retomada da tramitação do processo de impeachment na Câmara, as manifestações de ontem tornam mais plausível diagnóstico quase consensual partilhado por governo, oposição e peemedebistas. O desfecho da crise está próximo e pode não passar de julho.
Tal avaliação vai acelerar ainda mais uma corrida nos bastidores de Brasília. De uns, na busca de herdar o poder, de outros, para tentar mantê-lo e de muitos sonhando com seu rápido desfecho para escapar das garras da Operação Lava Jato.
Para esta última turma, o recado da equipe da Lava Jato é que a operação não vai parar, tal desejo é mera ilusão e vai se transformar em pesadelo com as novas delações.
O fato é que o domingo pode ser visto como um divisor de águas, que assusta o governo, pressiona o Congresso na análise do impeachment e faz Michel Temer evitar erros recentes e se posicionar como aquele que pode unir o país. Nesta toada, algo inimaginável acontece: o PMDB proíbe filiados de aceitar cargos. Claro, o melhor deles está logo ali.
Já a oposição celebra os protestos de ontem, acerta com o vice um governo de transição para recuperar o país e, assim, espera reconquistar o poder em 2018. Afinal, hoje o clima nas ruas não é bom nem para ela. Do lado do governo e do PT, mais do que nunca muitos enxergam no ex-presidente Lula a última cartada capaz de evitar uma debandada da base aliada nesta hora derradeira e fugir de um fim horroroso.
Enfim, a voz das ruas cobra urgência para o desfecho da crise. Ela precisa ser superada com a reação do governo ou seu fim, mas pelas vias legais. O fato é que ninguém aguenta mais. Nem mesmo a própria equipe da presidente Dilma.
Aécio: Mensões ao meu nome são falsas e desmoronam
Postado por Magno Martins
Recebido aos gritos de 'corrupto' nas manifestações na Avenida Paulista, centro da capital, em companhia do governador Geraldo Alckmin, o senador mineiro Aécio Neves tentou minimizar as citações a seu nome por cinco delatores da Operação Lava Jato, que lhes atribuem benefício em propina no esquema de corrupção que desviou dinheiro da Petrobras.
"Acho que todas as citações têm que ser investigadas e elas estão se desmontando porque são falsas", disse o tucano.
Aécio negou ainda que incite a população pelo golpe contra a presidente Dilma Rousseff. "Nós estamos aqui como cidadãos, respeitando a pluralidade nessa sociedade tão múltipla como a nossa e na busca daquilo que nos une, o fim desse governo".
Apesar de pregar a paz, ele voltou a dizer que não há possibilidade de Dilma, que foi eleita de forma legítima pelo povo, concluir seu mandato.
O senador deu três opções à presidente: "O impeachment da presidente da República, a cassação da chapa, via TSE, e a renúncia da presidente".
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