Lula e Temer podem entrar no inquérito da Lava Jato
Postado por Magno Martins
Menções a ex-presidente e vice em delação de Delcídio Amaral devem ser anexadas à investigação da Corte
O Estado de S.Paulo - Beatriz Bulla
A Procuradoria-Geral da República deve pedir pedir a inclusão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Michel Temer no inquérito que apura formação de quadrilha por políticos que supostamente atuaram no esquema de corrupção na Petrobrás, segundo fontes ligadas à investigação. A investigação corre no Supremo Tribunal Federal desde março do ano passado e apura cerca de 40 pessoas, entre elas parlamentares e lideranças do PMDB, PT e PP.
Investigadores avaliam a possibilidade de que as menções feitas pelo senador Delcídio Amaral (PT-MS) em delação premiada sejam também incluídas na investigação que corre no Supremo e tenta mostrar o sistema organizado de políticos no recebimento de propina e benefícios oriundos de contratos da Petrobrás.
A delação de Delcídio, homologada nessa segunda-feira, 14, pelo ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato na Corte, reforça a apuração sobre o PMDB e sobre o PT no inquérito, o que pode gerar a inclusão de Temer e Lula no rol de investigados.
PGR vai decidir se pede inquérito contra Dilma
Postado por Magno Martins
Denúncias contra Temer, Lula e Aécio devem ser alvos de investigações
O Globo - Jailton de Carvalho
A partir da delação premiada do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS), a Procuradoria-Geral da República deverá decidir nos próximos dias se pede ao Supremo Tribunal Federal (STF) abertura de inquérito para investigar a conduta da presidente Dilma Rousseff (PT) na nomeação do ministro Marcelo Navarro para uma vaga no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A Procuradoria-Geral também deve pedir ao STF a investigação de denúncias contra o vice-presidente Michel Temer (PMDB) e um dos principais líderes da oposição, o senador Aécio Neves (PSDB-MG).
Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já é alvo da força-tarefa da Lava-Jato, deve ser investigado pelas denúncias de Delcídio.
O trabalho deve ser finalizado depois do retorno de Janot, que está em viagem à França e à Suíça para tratar de assuntos relacionados à Lava-Jato. Para investigadores do caso, a delação de Delcídio desnuda uma parte importante da estrutura da corrupção na política brasileira.
— Chegou-se a um consenso : política se faz assim (com desvios) — afirma uma das autoridades da Lava-Jato.
Saiba mais: PGR vai decidir se pede abertura de inquérito contra Dilma
Delcídio implica 74 pessoas em delação premiada
Postado por Magno Martins
Folha de S.Paulo
Em depoimentos de colaboração premiada, o senador Delcídio do Amaral, que se desfiliou do PT nesta terça-feira (15), implicou 74 pessoas, fez acusações ao governo e à oposição e elevou a pressão sobre a presidente Dilma Rousseff dois dias depois depois da maior manifestação contra a petista.
Entre os citados nos relatos de Delcídio, estão alguns dos principais líderes políticos do país, como Dilma, o vice Michel Temer, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o senador tucano Aécio Neves (MG).
O agora ex-petista disse que Dilma tentou interferir na Operação Lava Jato por meio do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça. Também atribuiu a ela a nomeação para um cargo na BR Distribuidora de Nestor Cerveró, preso e já condenado em processos da Lava Jato.
Sobre Lula, o senador afirmou que ele ordenou um pagamento a Cerveró para impedir um acordo de delação.
Em relação a Michel Temer, Delcídio disse que foi o peemedebista quem chancelou a indicação de dois executivos da Petrobras que acabaram condenados na Lava Jato, João Augusto Henriques e Jorge Zelada.
O senador descreveu um suposto esquema de propinas para políticos em Furnas, empresa da Eletrobras, que teria Aécio Neves como um dos beneficiários. O delator lançou suspeitas ainda sobre negócios da Petrobras durante o governo Fernando Henrique Cardoso, quando ocupou uma diretoria da estatal.
Delcídio também levantou suspeitas sobre a atuação de congressistas em CPIs e descreveu supostas operações para frear investigações nas comissões parlamentares sobre o bicheiro Carlinhos Cachoeira, em 2012, e da Petrobras, em 2014.
Ao todo, foram implicados na delação 37 políticos, quatro partidos e 27 empresas.
Dilma repudia seu nome em iniciativa de Mercadante
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Em curta nota, presidente se posiciona sobre gravação de assessor de Delcídio
O Globo - Simone Iglesias, Catarina Alencastro e Eduardo Barretto
A presidente Dilma Rousseff negou nesta terça-feira qualquer relação com a iniciativa do ministro Aloizio Mercadante (Educação) de conversar com um assessor de Delcídio Amaral (PT-MS) e oferecer ajuda ao senador e sua família. Por meio de nota, Dilma diz repudiar com veemência a ação do ministro, que afirma ser "pessoal".
“A presidenta da República, Dilma Rousseff, repudia com veemência e indignação a tentativa de envolvimento do seu nome na iniciativa pessoal do ministro Aloizio Mercadante, no episódio relativo à divulgação, feita no dia de hoje, pela revista Veja”, diz nota distribuída pelo Palácio do Planalto.
Dilma chamou Mercadante ao seu gabinete, no começo desta tarde. Cobrou explicações do ministro. Segundo relato de uma pessoa próxima a Dilma, ela estava muito irritada com Mercadante e perguntou por que motivo agiu desta forma.
— Ele fez isso sem ela saber e sem autorização alguma da presidente — disse ao GLOBO um auxiliar próximo a Dilma. |